Minerva: o frigorífico pretende captar até R$ 1,56 bilhão por emissão de ações, e metade será garantido pelo fundo soberano saudita (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2015 às 19h58.
A Minerva, segunda maior exportadora de carne bovina do Brasil, planeja expandir suas operações na América do Sul e ampliar as exportações para o Oriente Médio após fechar um acordo de captação de recursos provenientes da Arábia Saudita.
Na semana passada, o frigorífico anunciou que pretende captar até R$ 1,56 bilhão por meio de uma emissão de ações, sendo que aproximadamente metade de montante será garantido pelo fundo soberano saudita Salic (Saudi Agricultural Livestock Investment Co. na sigla em inglês).
Os recursos vão melhorar a estrutura de capital da Minerva e abrir caminho para que a companhia busque oportunidades no Paraguai e na Colômbia, onde já possui operações, afirmou o diretor-presidente da companhia, Fernando Galletti Queiroz, em entrevista.
O frigorífico também tem interesse em investir na Argentina. O país está “de volta ao radar”, disse Queiroz, depois que o presidente Mauricio Macri, eleito no mês passado, eliminou as tarifas sobre as exportações de carne bovina e a outras commodities agrícolas.
O acordo com a Salic também ajudará a Minerva a aumentar suas exportações para a Arábia Saudita e para outros países do Oriente Médio, disse Queiroz. A empresa poderá estudar até mesmo investimentos em processamento e distribuição na região, disse ele.
O Oriente Médio respondeu por 19 por cento das receitas da Minerva com exportações no período de um ano finalizado em setembro, segundo um comunicado da empresa.
No mês passado, a Arábia Saudita cancelou a suspensão à importação de carne brasileira imposta em 2012 após um caso de mal da vaca louca.
A decisão permitirá que os exportadores brasileiros aumentem as vendas para a região em até US$ 230 milhões em 2016, disse a associação do setor, a Abiec, no dia 12 de dezembro.