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Aplicativo torna gestão de consultórios mais inteligente

Aplicativo iClinic, que permite a gestão de clínicas pela internet, venceu processo seletivo disputado por 400 startups


	Felipe Fernandes, Renato Garcia Pedigoni e Rafael Bouchabki Martins, fundadores da iClinic
 (Divulgação)

Felipe Fernandes, Renato Garcia Pedigoni e Rafael Bouchabki Martins, fundadores da iClinic (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 08h48.

São Paulo - Vencendo um processo de aceleração disputado por 400 startups, a brasileira iClinic foi uma das dez selecionadas pela holandesa Rockstart Accelerator.

Fundada por Felipe Fernandes, Renato Garcia Pedigoni e Rafael Bouchabki Martins, a iClinic oferece uma solução de gestão de prontuário e atendimentos para profissionais de saúde.

Formados em Informática Biomédica pela USP de Ribeirão Preto, um curso dedicado a formar profissionais de computação aplicados na área médica, o trio mapeou as necessidades dos profissionais ao longo da graduação. Observaram reclamações sobre os sistemas de atendimento e protocolos atuais, que são baseados em desktop, sem acesso remoto e incompatíveis com diversos sistemas operacionais. Dessas frustrações começaram a desenvolver a solução, que traz as comodidades do acesso remoto e da nuvem a esse processo.

Para entender como a iClinic venceu o processo seletivo da Rockstart, recebendo um investimento inicial de 15 mil euros, INFO conversou com Felipe Lourenço.

O que o iClinic propõe?

O iClinic é um aplicativo web para gestão de clínicas e consultórios. O diferencial é acessá-lo de qualquer computador, inclusive Macs. Nas soluções atuais é obrigatório o acesso por Windows. Nossa solução funciona com qualquer sistema operacional. O software inicialmente faz a gestão de agendamentos com os pacientes e o prontuário eletrônico, mas acoplamos funcionalidades conforme a necessidade do cliente. O prontuário é personalizado, ou seja, pode ser usado por clínicos gerais, dentistas, ortopedistas, etc. O médico que criará os campos que são necessários. Está no nosso roadmap uma solução de controle financeiro completo para a clínica. Mas agora estamos refinando o que já existe. Qualquer dado pode ser acessado inclusive por um tablet ou smartphone.

Onde ficam armazenados os dados?

Nossa estrutura de cloud fica na Amazon, portanto garantimos o acesso aos dados e backup das informações. O cliente não precisa gastar em infraestrutura, deixa de ter manutenção e há também uma garantia das informações. Em sistemas tradicionais, os dados são armazenados nas próprias clínicas, onde há risco de perda de dados por problemas em HDs, por exemplo. No nosso sistema as informações são criptografadas e podem ser acessadas em qualquer lugar.


A consulta só pode ser feita online, ou o médico pode imprimir os dados?

Nesse momento a consulta é feita online, mas estamos desenvolvendo um sistema para acesso offline, onde o navegador pode continuar a edição caso a conexão seja interrompida. E se o médico desejar, todas as informações do sistema podem ser impressas.

O serviço já está funcionando, ou ainda será desenvolvido?

Viemos para o processo de aceleração da Rockstart com o produto pronto. Desenvolvemos toda a solução, mas não tínhamos um background de negócio. Como fazer a empresa girar. Chegamos à conclusão de que um processo como esse poderia nos fornecer o aprendizado necessário para o serviço se materializar. Não só pelo que aprendemos, mas pela visibilidade que esses processos dão ao seu serviço, a participação foi uma ótima escolha.

Qual o objetivo do negócio? Entrar no mercado brasileiro ou internacional?

Nesse primeiro momento nossos esforços serão centrados no mercado brasileiro, onde todas as soluções ainda são centradas em desktops. Vamos focar nossa estratégia nos próximos dois anos para atender as demandas de mercados emergentes, partindo em um segundo momento para outros países, como México e Índia, onde a estrutura de saúde é parecida. Na Europa o modelo é diferente, centrado em grandes hospitais e não em clínicas.

Quanto tempo vai durar a aceleração na Rockstart?

Ele dura seis meses. Parte dele irá acontecer aqui em Amsterdã e o restante no Vale do Silício, onde teremos contato com startups que se transformaram em negócios de sucesso. Também faremos apresentações em fundos de investimentos. Tivemos pitchs para investidores interessados em nosso negócio e, no dia 13 de junho, faremos nosso “demo day” na Rockstart, onde vamos apresentar publicamente o serviço, transmitido online e em um auditório com presença de 1.500 pessoas. Também faremos uma apresentação de três minutos na conferência The Next Web.

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