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Apex Partners, do ES, conclui duas compras e projeta R$ 8 bilhões em ativos até o fim do ano

A plataforma de investimentos plugada ao ecossistema do BTG Pactual (do mesmo grupo da EXAME) prevê alta de 260% em ativos sob supervisão ao longo de 2023

Angelo Dalla Bernardina, vice-presidente de operações e finanças da Apex: ambiente de produtos e serviços financeiro voltados para os mercados regionais para satisfazer as necessidades das empresas e famílias (Divulgação/Divulgação)

Angelo Dalla Bernardina, vice-presidente de operações e finanças da Apex: ambiente de produtos e serviços financeiro voltados para os mercados regionais para satisfazer as necessidades das empresas e famílias (Divulgação/Divulgação)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 9 de outubro de 2023 às 15h56.

Última atualização em 9 de outubro de 2023 às 15h56.

Plataforma de investimentos com origem no Espírito Santo, a Apex Partners acaba de anunciar aquisições em São Paulo e em Santa Catarina.

Com os movimentos, a Apex deve fechar o ano de 2023 com 8 bilhões de reais em ativos sob supervisão, uma alta de 260% no ano.

O que faz a Passer

Um dos negócios adquiridos é o da Passer, uma consultoria em investimentos fundada em Florianópolis, em 2017.

O foco da Passer é a gestão de patrimônios familiares e pessoais de 110 clientes.

O modelo de remuneração é o fee-based, ou seja, é remunerada com um percentual do patrimônio sob supervisão.

Ao total, a Passer supervisiona 340 milhões de reais em ativos.

Para a Apex, cujos clientes estão plugados ao ecossistema de produtos financeiros do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME), a aquisição da Passer é uma oportunidade de expandir os serviços na região Sul.

"Essa combinação amplia nossas possibilidades de atender os nossos clientes de forma mais completa, já que passamos a oferecer uma variedade de produtos e serviços que anteriormente não estavam disponíveis para os clientes da Passer, como investment banking aos clientes que queiram realizar movimentos estratégicos em suas empresas e oportunidades de investimentos exclusivas desenvolvidas pela Apex", diz Wagner Kronbauer, sócio e diretor-executivo da Apex Sul.

Atualmente a Apex já tem uma unidade em Joinville, no norte de Santa Catarina, e agora terá em Florianópolis a sede regional.

Quem faz a Carbyne

Em outra frente, a Apex também anuncia a aquisição da gestora de recursos Carbyne.

Fundada em Vitória e com 2 bilhões de reais sob gestão, a Carbyne tem sócios com mais de duas décadas de experiência na gestão de fundos de mercados privados.

Um dos fundadores da Carbyne é o português Filipe Caldas, um dos pioneiros na categoria de investimentos em empresas de capital fechado no Brasil.

Caldas acumula em seu currículo passagens por bancos e gestoras como Merrill Lynch, Deutsche Bank, UBS, Hamilton Lane e Stepstone Group.

Ele importou para o Brasil em 2005 uma estratégia mais madura de investimento em empresas de capital fechado, o fundo de gestão integrada em mercados privados, numa época em que esse tipo de investimento era muito especulativo e pouco difundido.

Ao trazer para dentro de casa a expertise e o arcabouço regulatório da Carbyne, a Apex amplia significativamente sua capacidade de oferecer produtos financeiros para clientes nos mercados regionais.

Quais são os planos após as aquisições

Agora, a empresa não apenas atende os investidores qualificados, mas também se estende a investidores institucionais, profissionais e o varejo, com soluções de investimentos como fundos exclusivos e carteiras administradas para clientes.

Com essa estrutura, a Apex vai lançar ainda neste ano três fundos imobiliários com ofertas de 1,3 bilhão de reais ao total.

Um dos fundos vai investir 600 milhões de reais em oito projetos residenciais de alto padrão em Vitória e Vila Velha, incluindo o prédio mais alto da capital capixaba.

Além disso, um fundo de desenvolvimento urbano vai aportar 250 milhões de reais em cinco loteamentos de médio e alto padrão na Grande Vitória.

Um terceiro fundo vai investir 450 milhões de reais em três empreendimentos logísticos na Grande Vitória.

"Estamos criando um ambiente de produtos e serviços financeiro voltados para os mercados regionais para satisfazer as necessidades das empresas e famílias", diz Angelo Dalla Bernardina, vice-presidente de operações e finanças da Apex.

"Com essas duas aquisições, a Apex aumentou sua proposta de valor aos clientes bem como fortaleceu a sua estrutura e sua presença em importantes mercados regionais brasileiros."

Atualmente, a Apex tem presença no Espírito Santo, em Santa Catarina, no Paraná, com planos de expansão nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

A Apex atende os mercados regionais por meio das seguintes verticais em parceria com o BTG Pactual:

  • atendimento wealth, corporate e assessoria
  • gestão de recursos, dedicada a mercados privados e real estate
  • investment banking, com fusões e aquisições e mercado de capitais
  • além das iniciativas de comunicação e dados, o Folha Business e a Futura Inteligência

A visão da Apex é atender a demanda de serviços de financeiros nos mercados regionais, polos cujo PIB se aproxima dos 150 bilhões de reais e possui alta densidade demográfica.

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