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Aos 90 anos, Warren Buffett se torna membro do clube dos US$ 100 bilhões

Investidor é sexto membro de ranking que inclui Jeff Bezos, Elon Musk e Bill Gates

Berkshire, fonte de praticamente toda a riqueza de Buffett, teve um início de 2021 promissor (Kevin Lamarque/Reuters)

Berkshire, fonte de praticamente toda a riqueza de Buffett, teve um início de 2021 promissor (Kevin Lamarque/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 16 de março de 2021 às 12h49.

Última atualização em 16 de março de 2021 às 13h09.

Warren Buffett tem estado no topo do ranking dos mais ricos do mundo há décadas, mas nos últimos anos ele caiu na lista à medida que as fortunas obtidas no setor de tecnologia disparavam. Agora, aos 90 anos, seu patrimônio líquido ultrapassou 100 bilhões de dólares, tornando-o parte de uma elite dos bilionários.

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A fortuna do presidente da Berkshire Hathaway Inc. saltou na semana passada para 100,4 bilhões de dólares, de acordo com o Índice de Bilionários da Bloomberg Billionaires (embora, na cotação da manhã de hoje, esteja com quase 98 bilhões de dólares). Isso torna Buffett o sexto membro do clube de 100 bilhões de dólares, um grupo que inclui Jeff Bezos, Elon Musk e seu amigo Bill Gates.

As fortunas combinadas do clube cresceram rapidamente, alimentadas por estímulos do governo, pela política monetária do banco central americano, o Fed, e pelo mercado de ações em alta.

A Berkshire, fonte de praticamente toda a riqueza de Buffett, teve um início de 2021 promissor. As ações da empresa subiram 15% neste ano, ultrapassando o ganho de 3,8% do Índice S&P 500.

Isso foi ajudado pela recente pressão de Buffett para gastar quantias recordes comprando de volta as próprias ações da Berkshire, uma mudança notável para um investidor que preferiu usar sua pilha de 138 bilhões de dólares em dinheiro para comprar outras empresas ou ações ordinárias.

Recompra de ações

Buffett tem batalhado nos últimos anos para fechar grandes negócios a fim de estimular o crescimento da Berkshire, em parte devido ao tamanho do conglomerado.

Isso fez com que as ações tivessem um desempenho inferior no índice S&P 500 nos últimos cinco anos. Mas, em 2020, Buffett gastou um recorde de 24,7 bilhões de dólares em recompras, e registros indicam que ele já comprou pelo menos 4,2 bilhões em ações até meados de fevereiro.

"Sua decisão de recompra de ações foi claramente bem-vinda na visão dos investidores", disse o analista da Bloomberg Intelligence Matthew Palazola. "A força do portfólio de ações da Berkshire, especificamente da Apple, foi um grande contribuinte para o valor contábil."

Ultrapassar 100 bilhões de dólares é ainda mais notável considerando quanto o bilionário de Omaha já doou.

Cofundador da Giving Pledge, uma organização para incentivar a filantropia, Buffett doou mais de 37 bilhões de dólares em ações da Berkshire desde 2006. Sem esses presentes, que reduziram suas participações em ações da Berkshire Classe A quase pela metade, ele valeria mais de 192 bilhões.

As quantias assombrosas acumuladas pelos ultrarricos — 1,8 trilhão de dólares no caso dos 500 mais ricos do mundo só em 2020 — destaca a recuperação em forma de K que está ocorrendo enquanto os Estados Unidos emergem da pandemia.

Enquanto milhões de pessoas mais pobres continuam desempregadas, os ricos viram os níveis de renda e patrimônio líquido saltarem graças a um mercado de ações dinâmico e ao aumento dos preços das casas no mercado imobiliário.

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