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Netflix divulga balanço fiscal para o 4º trimestre de 2017

A companhia anunciou em outubro que esperava a entrada de 6,3 milhões novos usuários à plataforma no período

Reed Hastings, fundador e CEO da Netflix (Ken Ishii/Getty Images)

Reed Hastings, fundador e CEO da Netflix (Ken Ishii/Getty Images)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 22 de janeiro de 2018 às 06h34.

Última atualização em 22 de janeiro de 2018 às 07h23.

Devem sobrar razões para o investidor comemorar quando a companhia de filmes e séries por streaming Netflix divulgar hoje seu balanço fiscal do último trimestre de 2017. A própria companhia anunciou em outubro que esperava a entrada de 6,3 milhões novos usuários à plataforma no período, um número que analistas esperam ser ainda maior. O faturamento esperado é de 3,28 bilhões de dólares, um número 32,1% maior do que no mesmo período do ano anterior. Só este ano as ações já subiram 14,85%, somando a um 2017 forte para a companhia, com alta de 55%.

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O crescimento é um bom sinal para uma companhia que apela para a entrada massiva de conteúdo novo, inclusive de maneira a prejudicar os lucros. A Netflix, a exemplo de outras gigantes de tecnologia, investe na fidelização do cliente e na ampliação da base, mesmo que os custos sejam altos. No quatro trimestre do ano passado, o lucro da Netflix foi de 67 milhões de dólares, uma fração pequena de seu faturamento de 2,47 bilhões. Este ano, o estimado é que o lucro suba 179%, para 186,3 milhões de dólares.

Com a adição do último trimestre, estima-se que a Netflix tenha terminado o ano de 2017 com uma base de 115 milhões de usuários, à frente de concorrentes como Hulu ou Amazon Prime. E é essa base que dá confiança para a empresa enfrentar um aumento da concorrência neste mercado, principalmente depois que a empresa de mídia Disney adquiriu os estúdios 21st Century Fox — um negócio de 52 bilhões de dólares.

A grande dúvida sobre a Netflix, porém, passa longe do balanço. Um número crescente de analistas afirma que a empresa pode ser adquirida pela Apple, que anunciou semana passada que vai repatriar 250 bilhões de dólares. Como a Apple não tem uma forte subdivisão de streaming, especula-se que a empresa esteja disposta a investir em aquisições e entrar neste mercado, considerado pelas gigantes de tecnologia como o futuro do mercado de consumo. Analistas do banco Citi afirmam que a empresa pode estar de olho na Netflix, outros dizem ser muito tarde para o negócio, já que o valor de mercado da Netflix já está em 95 bilhões de dólares, o que a tornaria uma aquisição de alto custo. A cada dia que passa, o hipotético negócio vai ficando ainda mais caro. 

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