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Eike Batista fecha acordo com credores, diz jornal

A companhia, que pediu recentemente recuperação judicial, está afundada em dívidas que chegam a mais de US$ 5,6 bilhões


	Eike Batista conseguiu fechar acordo com credores internacionais
 (Wikimedia Commons)

Eike Batista conseguiu fechar acordo com credores internacionais (Wikimedia Commons)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 24 de dezembro de 2013 às 19h26.

São Paulo – A OGP, antiga petroleira OGX, de Eike Batista, conseguiu fechar acordo com credores internacionais, segundo notícia publicada pelo site do jornal Folha de S. Paulo.

A companhia, que pediu recentemente recuperação judicial, está afundada em dívidas que chegam a mais de US$ 5,6 bilhões.

De acordo com o jornal, os investidores estrangeiros (entre eles, Pimco, BlackRock, Ashmore e GSO) vão injetar cerca de US$ 200 mi e converter a dívida total da antiga empresa X em ações da companhia.

Se tudo ocorrer como planejado, o acordo, ainda segundo a reportagem da Folha de S. Paulo, vai reduzir a participação de Eike para apenas 12%. Enquanto isso, todos os credores da empresa passarão a ter 83% das ações da antiga OGX.

Com o acerto, os acionistas minoritários podem se tornar os maiores perdedores dessa história, diz o jornal. A fatia deles, segundo a reportagem, deve cair de 50% para apenas 5% das ações da companhia.

Tamanho real

Recentemente, a antiga petroleira de Eike Batista mostrou seu tamanho real. Os campos de Tubarão Martelo e Tubarão Azul evidenciam que a empresa terá o desafio de ser uma companhia independente de produção média com estrutura de grande porte.

Ao se vender muito maior do que realmente era para investidores que acreditaram em seu tamanho irreal, a Óleo e Gás Participações seguiu o entusiasmo excessivo de seu acionista majoritário, Eike Batista.

Um dos erros cruciais da companhia foi a construção e o afretamento de plataformas para grandes campos de petróleo, erguidas pela empresa-irmã de construção naval.

Tubarão Martelo, o único campo em produção, produzirá 30 mil barris em seu pico de produção – um terço da capacidade da plataforma ali instalada. A empresa decidiu que vai tentar retomar a produção de Tubarão Azul, voltando atrás sobre sua viabilidade.

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