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ANP espera arrecadar ao menos US$ 1 bi com leilão

Leilão de blocos para exploração está programado para maio. Expectativa se deve ao alto número de empresas credenciadas para a rodada, que não é feita desde 2008


	Petróleo: cerca de 70 empresas mostraram interesse em participar da rodada de licitação de blocos da ANP.
 (Ari Versiani/AFP)

Petróleo: cerca de 70 empresas mostraram interesse em participar da rodada de licitação de blocos da ANP. (Ari Versiani/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2013 às 18h32.

Rio de Janeiro- A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) espera arrecadar ao menos 1 bilhão de dólares com a realização do leilão de blocos para exploração de petróleo programado para maio, disse uma fonte da autarquia nesta quinta-feira.

A expectativa se deve ao elevado número de empresas credenciadas para a rodada, que não é realizada no país desde 2008, disse a fonte, que prefere ficar no anonimato. Além disso, acrescentou, os campos que serão ofertados são interessantes.

"Se for mais que isso (1 bilhão de dólares), não me surpreendo. Só me surpreenderia se fosse menos. Mas isso depende da estratégia das empresas, da capacidade financeira e muito mais", afirmou à Reuters.

Cerca de 70 empresas mostraram interesse em participar da rodada de licitação de blocos da ANP, a décima primeira licitação de áreas de exploração do país.

Ao todo, serão ofertados 289 blocos em 23 setores, cobrindo 155,8 mil quilômetros quadrados, distribuídos em 11 bacias sedimentares.

O prazo para a habilitação terminou na última terça-feira, e os dados serão tabulados e finalizados nos próximos dias.

"São números espetaculares. Hoje temos atuando no país pouco mais de 60 empresas." De acordo com a fonte, a rodada terá espaço para pequenas, médias e grandes empresas.

A agência informou nesta semana, no Diário Oficial da União, que já foram habilitadas OGX, Shell, Queiroz Galvão Exploração e Produção e Repsol Sinopec.

As empresas habilitadas precisam apresentar até abril as garantias financeiras que vão viabilizar a participação na licitação.

"Era isso que a gente queria, uma competição grande, e são empresas de todos os portes e áreas para todo mundo e oportunidade para todos", disse.


Amazonas

A fonte aposta numa grande disputa entre empresas na região da Foz do Amazonas, considerando as descobertas já realizadas e a similaridade geológica com a região da Guiana, onde foram anunciadas descobertas há pouco tempo.

"A perspectiva da ANP é que a maior disputa se dê na Foz do Amazonas devido as descobertas já realizadas... Há analogia geológica com a Guiana que fica aqui do nosso lado. Tem muita oportunidade e pode ser um cluster interessante", revelou.

A rodada acontece em meio a uma indefinição sobre a distribuição dos royalties no país. O Congresso aprovou uma nova lei que redistribui esses recursos, mas uma decisão cautelar provisória do Supremo Tribunal Federal suspendeu os efeitos da lei.

O mérito deve ser julgado em breve pelo plenário da Corte.

Para a ANP, o debate não impactou o interesse da empresas, embora a associação das companhias de petróleo do Brasil, o IBP, tenha manifestado temor sobre o assunto. "Sem dúvida, a questão dos royalties não foi um empecilho ao leilão nem tirou a atratividade. As empresas precisam de áreas para se sustentar", afirmou a fonte.

No segundo semestre, ANP quer promover mais duas rodadas, uma focada mais em gás e o primeiro certame dentro do regime de partilha, para áreas do pré-sal.

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