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Animal com suspeita de vaca louca é achado em unidade da JBS

Bovino com suspeita da doença foi encontrado pronto para o abate em frigorífico no Mato Grosso. Outros 49 animais que tiveram contato com ele foram abatidos


	JBS: processo de fiscalização da companhia detectou animal com suspeita de vaca louca
 (John Blake/EXAME)

JBS: processo de fiscalização da companhia detectou animal com suspeita de vaca louca (John Blake/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 19h04.

São Paulo - O Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura encontrou, em um frigorífico da JBS, um animal com suspeita de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), também conhecida como Mal da Vaca Louca.

O bovino foi encontrado no frigorífico de São José dos Quatro Marcos, no sudoeste do Mato Grosso, após ter sido encaminhado pela Fazenda Talismã, localizada no município vizinho de Porto Esperidião, na fronteira com a Bolívia. 

O animal chegou ao abatedouro aparentemente em boas condições e começou a apresentar sintomas suspeitos no local. Dentro do curral de espera para inspeção da equipe de vigilância para a saúde animal, a vaca caiu, sem conseguir levantar-se. 

Como este pode ser um dos sinais da doença, os fiscais federais decidiram afastar o animal do restante do rebanho.

"Depois de testes em laboratórios locais, confirmou-se que o bovino era portador do agente priônico, que pode causar o mal, mas não necessariamente o faz", afirma Antonio Jorge Camardelli, da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

A vaca estava confinada desde o dia 19 de março e, na última quarta-feira,  ela foi sacrificada e incinerada junto com outros 49 animais com quem ela teve contato. 

O material foi enviado para avaliação na Organização Mundial de Saúde Animal, com sede na Inglaterra.

Os resultados da avaliação que confirmarão ou não o diagnóstico devem ser divulgados até a semana que vem, mas a suspeita mais forte é de que o caso seja classificado como atípico: o animal é portador do agente mas não desenvolve a doença.

Isto normalmente ocorre em animais mais velhos (acima dos 7 anos de idade), o que era o caso da vaca em questão.

A presença de fiscais federais em todas as etapas do processo de produção de carnes é obrigatória para que os produtos obtenham o S.I.F., selo de controle de qualidade exigido para que as carnes possam ser exportadas ou comercializadas em grandes centros.

Em comunicado à imprensa, a JBS  confirmou o caso e afirmou que "o evento, identificado em uma unidade da JBS em Mato Grosso, que conta com a presença diária de fiscais federais, comprova a eficiência do processo de controle instalado em todas as unidades da companhia. A rígida fiscalização sanitária e a capacidade técnica da equipe impediram que o produto chegasse ao consumidor final, garantindo um total controle sanitário e alimentar".

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