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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Nova York - A Coca-Cola ganhou no primeiro trimestre do ano US$ 1,614 bilhão (US$ 0,69 por ação), um aumento de 20% com relação ao mesmo período de 2009, em consequência, em grande parte, pelo avanço conquistado na América Latina.
O grupo americano divulgou hoje antes da abertura da Bolsa de Nova York as contas correspondentes aos três primeiros meses de 2010, período no qual faturou US$ 7,525 bilhões, 5% a mais do que um ano antes.
Na América Latina, a companhia detalhou que o volume de produtos vendidos subiu 4%, mas em valor monetário o crescimento foi de 15%, para os US$ 985 milhões, graças ao aumento de preços e ao efeito positivo das variações nas taxas de câmbio.
No Brasil, a Coca-Cola teve avanço de 12% nas vendas em volume, enquanto no México essa alta foi de 2% devido "ao frio típico para a época do ano".
As vendas da Coca-Cola medidas em volume de produtos comercializados (uma variável que ajuda a conhecer a evolução real do negócio, com independência dos preços e taxas de câmbio) aumentaram em 3% no ano, impulsionadas pelo aumento de 5% registrado fora dos Estados Unidos.
Com relação ao faturamento, houve um aumento de 21% na Eurasia e África, 5% no Pacífico e 7% na Europa.
Na América do Norte, no entanto, as vendas caíram 2% em volume e 6% em faturamento.
Isso permitiu que a companhia aumentasse em 33% seu lucro operacional na América Latina, para os US$ 602 milhões, o que transforma a essa região na de maior crescimento para o grupo americano.
O grupo está imerso no processo de compra das atividades americanas de sua maior engarrafadora, Coca-Cola Enterprises, com o objetivo de ganhar flexibilidade na distribuição em uma manobra similar à feita pela rival Pepsi recentemente.
As ações da companhia, que fazem parte do Dow Jones Industrial, caíam hoje nas operações eletrônicas antes da abertura da Bolsa de Nova York 1,21%, depois que na segunda-feira seus títulos fechassem sem mudanças em US$ 55,32.
Neste ano, a Coca-Cola perdeu 2,95% de seu valor na bolsa, embora acumule apreciação de 22,88% nos últimos 12 meses.