Aedes aegypti: a ideia da empresa é usar a sua ampla rede de alcance no território nacional para distribuir os panfletos produzidos pelo Ministério da Saúde (Luis Robayo/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2016 às 14h12.
Uberlândia - Ao lado da presidente Dilma Rousseff, a Ambev anunciou o seu plano de mobilização contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do zika vírus e da chikungunya.
A ideia da empresa é usar a sua ampla rede de alcance no território nacional para distribuir os panfletos produzidos pelo Ministério da Saúde.
A estimativa da companhia, que produz as principais marcas de cerveja do mundo, é que o material chegue a mais de 1 milhão de bares e restaurantes em todo o País.
Segundo o presidente da Ambev, Bernardo Paiva, a iniciativa foi planejada para atender ao apelo que a presidente fez durante a reunião do Conselhão, na semana passada, em Brasília.
Paiva é um dos 90 integrantes do colegiado formado para ajudar o governo a pensar medidas para tirar o País da crise.
Em seu discurso durante a inauguração de uma fábrica da Ambev em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, Dilma agradeceu o empenho da companhia e voltou a ressaltar a necessidade da união de todos no combate ao mosquito.
Ela lembrou que no próximo dia 13 o governo federal fará sua primeira mobilização nacional contra o Aedes.
"Vamos mobilizar todo o contingente de 220 mil pessoas das Forças Armadas e também os serviços de saúde. O zika vírus a gente combate com vacina, mas o mosquito a gente não pode nem deixar nascer", afirmou.
Dilma disse ainda que a principal preocupação no momento é com a relação encontrada entre o zika vírus e o aumento de número de casos de bebês com microcefalia.
Na quarta-feira, 3, a presidente fez um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV para ressaltar a necessidade de união contra as doenças transmitidas pelo mosquito.
"Não vou falar sobre política ou sobre economia. Vou falar sobre saúde e sobre uma luta urgente que temos de travar neste momento em defesa das nossas famílias", disse.
Sem detalhar o montante investido pelo governo, a presidente afirmou que todos os recursos "financeiros, tecnológicos e humanos necessários" serão colocados "nesta luta em defesa da vida".
Ela citou novamente o contato feito com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para que os dois países possam desenvolver, "o mais depressa possível", uma vacina contra o zika.