Fábrica da Ambev: empresa quer ampliar capacidade comprando fábrica da Brasil Kirin, dona de marcas como Schin e Devassa. (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2016 às 14h49.
São Paulo - A Ambev pretende comprar a fábrica da Brasil Kirin, do grupo japonês Kirin Holdings, dedicada à produção e envase de bebidas em Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro.
O negócio foi divulgado em publicação no Diário Oficial da União desta sexta-feira pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que deu publicidade à operação, ainda não aprovada pelo órgão antitruste.
Procurada, a Ambev disse que a operação se enquadra em seu plano de evolução da capacidade produtiva e de distribuição e que a fábrica produzirá tanto cerveja quanto refrigerante para a companhia.
"Essa oportunidade vai ao encontro da estratégia de otimizar capacidade produtiva em plantas modernas, próximas das principais áreas de consumo", afirmou em nota. A operação, que não inclui outros ativos da Brasil Kirin, "não é material para a Ambev", acrescentou.
Segundo documento das empresas entregue ao Cade, o negócio ocorre conforme a Brasil Kirin busca redimensionar sua capacidade produtiva com a venda de uma unidade produtiva na região Sudeste.
A Brasil Kirin detém rótulos como Schin, Devassa e Baden Baden e possui 13 fábricas no Brasil incluindo a unidade de Cachoeiras de Macacu, a única no Estado do Rio de Janeiro.
A Brasil Kirin confirmou as discussões para a venda da unidade e afirmou em comunicado à imprensa que a fábrica continuará operando normalmente durante o processo de avaliação do negócio pelo Cade. A empresa não informou a capacidade de produção da fábrica ou o valor discutido com a Ambev para a venda.
O documento no Cade afirma ainda que, especificamente no caso da Ambev, a busca por expansão da capacidade tem por objetivo atender a projeção de demanda nos próximos anos.
Em março, a produção de cerveja no Brasil caiu cerca de 20 por cento sobre o mesmo período do ano passado, acumulando no primeiro trimestre queda de 6,7 por cento ante os três primeiros meses de 2015.
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