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Ambev terá 1,6 mil caminhões elétricos na distribuição de bebidas

A fabricante quer que 35% de sua frota seja movida a energia limpa nos próximos cinco anos

Ambev: grupo também vai instalar painéis de geração de energia solar em seus centros de distribuição (Imelda Medina/Reuters)

Ambev: grupo também vai instalar painéis de geração de energia solar em seus centros de distribuição (Imelda Medina/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de agosto de 2018 às 08h20.

Última atualização em 21 de agosto de 2018 às 17h18.

A Volkswagen Caminhões e Ônibus, com fábrica em Resende (RJ), anunciou na segunda-feira, 20, que a Ambev terá 1,6 mil caminhões elétricos na frota de distribuição das bebidas produzidas pela marca. Os veículos serão produzidos na fábrica de Resende (RJ) e entregues até 2023. Com isso, 35% dos veículos de distribuidores que prestam serviços para a cervejaria serão movidos a energia limpa.

Dona das marcas Skol, Brahma e Antarctica, a Ambev receberá a primeira unidade do e-Delivery, voltado a entregas urbanas, nos próximos meses. Por enquanto é um veículo de teste, que poderá receber alterações até o início da produção em escala, prevista para 2020.

Segundo Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America, fabricante dos veículos pesados da Volkswagen, esse é primeiro caminhão leve 100% elétrico feito na América Latina. O veículo foi desenvolvido no Brasil, utilizando soluções mundiais. O projeto foi contemplado no investimento de R$ 1 bilhão que o grupo tem programado para o período de 2016 a 2021.

O executivo diz que o preço do produto não está definido, mas, inicialmente, será muito acima de um modelo a diesel, pois só a bateria, importada da China, tem hoje custo bastante elevado. "Com o aumento da produção, os custos certamente vão baixar", diz Cortes, que já tem vários fornecedores locais de outros componentes. Ele acredita que, ao longo dos próximos anos, alguma empresa deva iniciar a produção de baterias localmente.

Para a Ambev, o uso em suas operações de caminhões elétricos, que não emitem poluentes e são silenciosos, fazem parte do seu compromisso de reduzir em 25% a emissão de carbono em toda sua cadeia de valor (logística e produção) nos próximos cinco anos.

"Temos certeza de que esse projeto contribuirá muito para a construção do legado sustentável que queremos deixar para as próximas gerações", diz Guilherme Gaia, diretor de logística e suprimentos da Ambev.

A empresa atualmente é atendida por frota de 4,8 mil caminhões, que vão sendo renovados gradualmente. Para abastecer os veículos elétricos, promete usar apenas energia adquirida de fontes limpas, como eólica e solar.

O grupo também vai instalar painéis de geração de energia solar em seus centros de distribuição para abastecer os veículos. O caminhão tem autonomia para rodar até 200 km com a bateria carregada.

Coleta de lixo

Na segunda-feira, 20, a Corpus Saneamento e Obras, de Indaiatuba (SP), também disse que recebeu seis caminhões elétricos importados da fabricante chinesa BYD - os primeiros de um total de 200 que serão incorporados à frota usada na coleta e transporte de resíduos. Até dezembro chegarão mais 15 unidades. Outras 60 serão entregues em 2019, e as demais nos quatro anos seguintes.

Para entrar no Brasil, os veículos pagam 35% de imposto de importação e são isentos de IPI. A alíquota de ICMS é de 18%, enquanto o caminhão a diesel paga 12%. A filial da BYD estuda nacionalizar a produção em sua fábrica em Campinas (SP), onde já monta ônibus elétricos.

Mais caro

Um caminhão elétrico pode custar cerca de três vezes mais que um a diesel, valor que diminuirá com aumento de demanda. Parte do custo é compensada pelo menor gasto em manutenção, estimado em 40%. O elétrico tem 3,5 mil peças, e o a diesel tem 5 mil. O preço da energia também é inferior ao do diesel.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Coleta de lixo

Na segunda-feira, 20, a Corpus Saneamento e Obras, de Indaiatuba (SP), também disse que recebeu seis caminhões elétricos importados da fabricante chinesa BYD - os primeiros de um total de 200 que serão incorporados à frota usada na coleta e transporte de resíduos. Até dezembro chegarão mais 15 unidades. Outras 60 serão entregues em 2019, e as demais nos quatro anos seguintes.

Para entrar no Brasil, os veículos pagam 35% de imposto de importação e são isentos de IPI. A alíquota de ICMS é de 18%, enquanto o caminhão a diesel paga 12%. A filial da BYD estuda nacionalizar a produção em sua fábrica em Campinas (SP), onde já monta ônibus elétricos.

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