Funcionários da Amazon.com em um centro de distribuição da companhia: varejista vai seguir o Google, que compareceu a outro inquérito sobre seus assuntos fiscais (John Sommers II/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2013 às 09h36.
Londres - A varejista da Internet Amazon.com será reconvocada ao Parlamento britânico para esclarecer como suas atividades no Reino Unido justificam a sua baixa conta de impostos de renda, disseram dois parlamentares à Reuters.
A Amazon vai seguir o gigante de buscas Google, que compareceu a outro inquérito do Comitê de Assuntos Públicos do Parlamento (PAC) sobre seus assuntos fiscais na quinta-feira. Uma reportagem da Reuters no início do mês levantou questões sobre afirmações anteriores do Google de que o seu pessoal baseado no Reino Unido não fazia vendas para clientes.
Nos últimos seis anos, a Amazon pagou cerca de 9 milhões de dólares em imposto de renda sobre mais de 23 bilhões em vendas a clientes britânicos, porque diz que opera um negócio europeu único em Luxemburgo, ao invés de uma estrutura multinacional com subsidiárias independentes em diferentes países, e deve, portanto, pagar o imposto em Luxemburgo.
No entanto, a Reuters revelou evidências de declarações da própria empresa, anúncios de emprego, depoimentos de três fornecedores e cinco ex-funcionários, bem como os perfis de mais de 140 funcionários no site de relacionamento LinkedIn, o que sugere que a unidade do Reino Unido tem um alto grau de autonomia, com os gerentes locais decidindo sobre muitos aspectos do seu negócio.
"O modelo básico de negócios não era muito diferente de uma empresa de venda por correspondência nos anos 1970 ou 1980", disse o gerente de desenvolvimento de negócios da Amazon.co.uk, Mark Riley, entre 2005 e 2008.
Bryan Roberts, diretor de inovação para varejo para a consultoria Kantar Retail, disse que além do fato de que os compradores fecham os negócios través da Internet, a unidade Amazon Reino Unido, que é baseada em edifício de escritórios em Slough, perto de Londres, era essencialmente uma varejista britânica.
A Amazon se recusou a responder quaisquer perguntas sobre o seu negócio no Reino Unido.
Na quinta-feira, o jornal The Guardian informou que havia encontrado "extensas atividades da Amazon no Reino Unido", que sugeriam que a autoridade fiscal britânica poderia ser mais dura em tributar suas operações locais.