Amazon: decisão do fundador da companhia, Jeff Bezos, de comprar o The Washington Post também alimentou a ira de Trump (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
Reuters
Publicado em 29 de março de 2018 às 18h07.
Washington - Entre lobby, contribuições de campanha e se posicionando como empresa engajada em questões políticas como a criação de empregos, a Amazon.com tem procurado por um relacionamento positivo tanto com a Casa Branca quanto com o Congresso norte-americano que ajudará a empresa a resistir ao mais recente ataque do presidente norte-americano, Donald Trump.
A empresa provavelmente não se surpreendeu quando Trump fez criticas a ela por meio do Twitter nesta quinta-feira, já que o presidente já havia feito isso anteriormente de maneira semelhante. A decisão do fundador da Amazon, Jeff Bezos, de comprar o The Washington Post também alimentou a ira de Trump.
Ainda assim, a Amazon não parece ficar de fora da Casa Branca desde que Trump assumiu o cargo; um funcionário do escritório da empresa em Washington participou de um evento organizado na semana passada pela primeira-dama, Melania Trump, para discutir segurança cibernética e tecnologia.
Divulgações da Amazon indicam que a empresa fez lobby na Casa Branca sobre vários tópicos, incluindo imigração, segurança cibernética e drones.
Manter um quadro de lobistas se tornou rotina para grandes empresas que correm o risco de ter todo o seu negócio perturbado por possíveis ações legislativas ou de regulamentação.
A Amazon emprega cerca de 15 lobistas, de acordo com divulgações enviadas ao Senado dos Estados Unidos. Além disso, a empresa trabalha com cerca de 15 empresas de lobby externas, cada uma designando mais lobistas para trabalhar em nome da companhia.
A Amazon tem ampla exposição a várias partes do governo norte-americano capazes de regular suas operações comerciais - desde as regras da aviação federal que afetam os drones até a supervisão de legislação sobre concorrência.
A maior varejista online também está trabalhando agressivamente para obter contratos governamentais para fornecer serviços de armazenamento de dados a agências federais. Atualmente, a Amazon tem um contrato de 600 milhões de dólares para hospedar dados para a agência de espionagem norte-americana, a CIA.
A Amazon investiu 15,4 milhões de dólares em lobby em Washington em 2017 ante 12 milhões em 2016.