Amazon: contratação de empresa de logística vai ampliar entregas em comunidades (Leandro Fonseca/Exame)
Com uma movimentação de renda que gira em torno de R$ 124 bilhões, as favelas brasileiras se tornaram, há muito, um desafio e também uma ambição para grandes empresas. De olho nesse filão de mercado, a Amazon Brasil acaba de contratar a Favela LLog, empresa de logística especializada em entregas de última milha em comunidades brasileiras.
A parceria com a Favela LLog, empresa que pertence ao conglomerado Favela Holding, liderado pelo empreendedor Celso Athayde, começa, neste primeiro momento, nas comunidades e regiões periféricas da cidade de São Paulo — a exemplo da favela de Paraisópolis.
O propósito, segundo a Amazon, é ampliar a inclusão nesse locais ao passo em que amplia a acessibilidade de consumidores até então prejudicados pelas rotas logísticas restritas aos grandes centros.
“Estamos falando de um impacto positivo nessas regiões, colaborando com a criação de postos de trabalho e com a movimentação da economia como um todo. São mais oportunidades e, consequentemente, mais inclusão”, diz Rafael Caldas, líder da Amazon Logística no Brasil. "Precisamos pensar grande e agir de maneira que todos e todas possam comprar e receber seus pacotes em casa, de forma rápida. Trabalhamos sempre com determinação e tecnologia para aprimorar nossos processos e buscamos colaborar com as comunidades onde atuamos”.
Com a ação, a intenção é facilitar a entrega de produtos adquiridos pelo site da Amazon. Segundo a empresa, clientes Prime também terão direito a frete gratuito.
Mais da metade dos empreendedores das favelas considera a internet sua principal fonte de informação profissional e também principal mecanismo para a divulgação da atividade empreendedora. É pelas redes sociais, por exemplo, que 76% das pessoas divulgam seus serviços e produtos, mostra a pesquisa Digital favela, encomendada pela Data Favela.
Em relação às compras, no entanto, problemas logísticos e de acesso ainda representam um grande desafio para o e-commerce nas comunidades. De acordo com a pesquisa, 41% das pessoas nunca compraram pela internet diretamente, e cerca de 39% não consegue receber os produtos na porta de casa. Nessas situações, a entrega é feita em algum ponto próximo.
“Nós vamos ajudar a proporcionar ao morador da favela o conforto de poder comprar e receber que as pessoas que moram no asfalto têm. O que até um tempo atrás era difícil, pois o serviço de entrega quase não entrava na favela. A Favela LLog e a Amazon mudaram esse cenário”, diz Thales Athayde, líder da Favela Holding.
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