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Amazon dividirá sede nos EUA com aporte de US$ 5 bi e criará 50 mil vagas

Divisão de sua "segunda sede" em dois locais - Nova York e um subúrbio de Washington - irá envolver um investimento de cerca de US$ 5 bilhões

Amazon: a decisão foi tomada após um ano de forte concorrência entre dezenas de cidades dos Estados Unidos (Paulo Whitaker/Reuters)

Amazon: a decisão foi tomada após um ano de forte concorrência entre dezenas de cidades dos Estados Unidos (Paulo Whitaker/Reuters)

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AFP

Publicado em 13 de novembro de 2018 às 18h56.

Última atualização em 13 de novembro de 2018 às 20h12.

A gigante do comércio digital Amazon anunciou nesta terça-feira, 13, que irá dividir sua "segunda sede" em dois locais - Nova York e um subúrbio de Washington -, o que implica um investimento de cerca de 5 bilhões de dólares.

"Essas duas locações nos permitirão atrair talentos de nível mundial que nos ajudarão a continuar investindo para nossos consumidores nos próximos anos", afirmou o presidente executivo da Amazon, Jeff Bezos, em um comunicado. As novas sedes ficarão em Long Island City, na área do distrito de Queens (Nova York), e em Arlington (Virgínia). Serão criados 50 mil postos de trabalho, informou.

A decisão foi tomada após um ano de forte concorrência entre dezenas de cidades dos Estados Unidos que desejavam receber a gigante mundial do comércio digital. A Amazon optou por dividir a sede entre Long Island City, bairro na área do Queens, na cidade de Nova York, e Crystal City, no estado da Virgínia do Norte, perto de Washington DC, onde a companhia planeja criar um novo bairro chamado National Landing.

Os dois/ novos /QGs da empresa terão o mesmo status que o seu original, em Seattle, Washington. A Amazon disse que, nos próximos dez anos, Nova York oferecerá incentivos de 1,25 bilhão de dólares para criar 25 mil empregos em Long Island City. "Este é um passo gigantesco para construir na cidade de Nova York uma economia que não deixe ninguém para trás. Estamos encantados que a Amazon tenha escolhido a cidade de Nova York para sua nova sede", disse o prefeito Bill de Blasio. "Os nova-iorquinos terão dezenas de empregos novos e bem remunerados, e a Amazon terá os melhores talentos", celebrou.

Vitória para a Virgínia

Já a Virgínia ofereceu 550 milhões de dólares em incentivos durante 12 anos para a criação de uma quantidade similar de postos de trabalho. Arlington oferecerá outros 23 milhões de dólares. "É uma grande vitória para a Virgínia. Estou orgulhoso que a Amazon reconheça os tremendos ativos que a entidade municipal tem a oferecer e planeje criar raízes ali", disse o governador do estado, Ralph Northam.

No mesmo comunicado, a Amazon anunciou que vai construir em Nashville, Tennessee, um novo centro logístico que vai demandar cerca de 5 mil postos de trabalho. Dezenas de cidades disputaram pelos novos QGs, oferecendo todo tipo de incentivos a fim de atrair uma das maiores e mais bem sucedidas empresas do mundo.

A deputada eleita por Nova York, Alexandria Ocasio Cortez, cujo distrito eleitoral inclui o Queens, duvida dos benefícios da decisão. "A Amazon é uma empresa bilionária. A ideia de que receba centenas de milhões de dólares em vantagens fiscais quando nosso sistema de metrô está vindo abaixo e nossas comunidades precisam de mais investimentos, não menos, é extremamente preocupante para os moradores", tuitou Ocasio na segunda-feira.

A Amazon disse que construirá um espaço de escritórios de 370 mil m² em Nova York, com a opção de duplicá-lo. Ela indicou que o investimento total impulsionará as receitas fiscais em cerca de 10 bilhões de dólares em 20 anos.

Na Virgínia, a Amazon disse que investiria 195 milhões de dólares em melhorias de infraestrutura, inclusive uma ponte para pedestres até o Aeroporto Nacional Ronald Reagan. E empresa deve obter 3,2 bilhões de dólares em benefícios fiscais deste estado em 20 anos. Neil Sanders, da empresa de pesquisa GlobalData, disse que os locais escolhidos fazem sentido, porque a Amazon quer estar perto do poder político e dos talentos em moda e tecnologia.

"O tamanho e a escala enormes da Amazon e seus interesses em várias áreas de tecnologia, comércio e serviços ao consumidor" sugerem a necessidade de muitas instalações, disse Sanders. Ele argumentou que a escolha de duas cidades é baseada na necessidade de evitar concentrar o crescimento elevado ou o congestionamento em apenas uma.

A Amazon "quer evitar os problemas que teve em Seattle, onde sua expansão gerou problemas na oferta de empregos e propriedades e pressionou a infraestrutura geral" da cidade, disse ele. "Poder equilibrar o crescimento entre diferentes cidades ajudará a aliviar esses problemas", afirmou.

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