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Alta à vista? Os balanços das empresas de energia

O mercado espera resultados positivos para a brasileira Eneva e para a francesa Engie no terceiro trimestre deste ano

Energia: mercado espera resultados positivos para a brasileira Eneva e para a francesa Engie no terceiro trimestre deste ano (Yangphoto/Getty Images)

Energia: mercado espera resultados positivos para a brasileira Eneva e para a francesa Engie no terceiro trimestre deste ano (Yangphoto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2019 às 06h11.

Última atualização em 5 de novembro de 2019 às 06h44.

São Paulo — O aumento de 11% no lucro do banco Itaú, anunciado na noite de ontem, reforça uma temporada de balanços de boas notícias para o mercado brasileiro. Ao menos até aqui. Nesta terça-feira, é a vez de as empresas de energia divulgarem seus resultados nem cenário favorável.

Diante da movimentação gerada por leilões e vendas de ativos importantes da Petrobras, o mercado espera resultados positivos para a brasileira Eneva e para a francesa Engie no terceiro trimestre deste ano.

Segundo estimativas de analistas, a Engie Brasil deve registrar receita líquida de 2,73 bilhões de reais de julho a setembro, alta de aproximadamente 10% sobre igual período do ano anterior.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) deve somar, no terceiro trimestre deste ano, 1,21 bilhão de reais, praticamente estável em relação ao mesmo intervalo do ano passado. O lucro líquido da Engie Brasil, estimado por analistas, deve alcançar cerca de 602 milhões de reais no terceiro trimestre, alta de 20% sobre um ano antes.

A Engie assinou o maior cheque do ano para adquirir a Transportadora Associada de Gás (TAG), malha de gasodutos que pertencia à Petrobras, por cerca de 33 bilhões de reais. A aquisição faz parte do projeto do grupo francês de expansão global. No mercado brasileiro, a Engie atua há 20 anos na geração de energia elétrica, com 56 usinas que somam potência de 9.775 megawatts (o equivalente a dois terços de Itaipu) e correspondem a 6% da capacidade instalada no país. Cerca de 90% dessa oferta é proveniente de fontes renováveis, em especial de hidrelétricas.

Outra empresa do setor de energia que deve apresentar resultados positivos é a Eneva, resultado da fusão de duas empresas do antigo grupo EBX, de Eike Batista. A Eneva passou de um prejuízo de 1,5 bilhão de reais, em 2014, para um lucro de 307 milhões no ano passado.

A tendência, segundo analistas, é que o desempenho da companhia tenha melhora gradual. A Eneva anunciou um investimento recente, de 1,3 bilhão de reais, para a construção de uma usina térmica, e ao mesmo tempo venceu o leilão para abastecer o estado de Roraima, com aporte previsto de 1,8 bilhão de reais.

Energia é um dos setores considerados prioritários pelo governo para uma retomada econômica mais consistente. Neste contexto, os números das companhias vai ajudar a mostrar, também, como vai a recuperação do país.

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