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Alstom deve ser bom investimento para França, diz CEO

França ganhou uma opção para adquirir 20 por cento da Alstom do conglomerado Bouygues no domingo, em um acordo de última hora


	Alstom: companhia vai levantar 12,35 bilhões de euros (16,9 bilhões de dólares) com a venda de seus ativos de energia à GE
 (Sebastien Bozon/AFP)

Alstom: companhia vai levantar 12,35 bilhões de euros (16,9 bilhões de dólares) com a venda de seus ativos de energia à GE (Sebastien Bozon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2014 às 09h29.

Paris- A França estará fazendo um investimento sólido ao tomar uma fatia na Alstom, disse o presidente-executivo da companhia nesta segunda-feira, acrescentando, porém, que o governo vai fazer a compra tarde demais para ter voz acerca do uso dos recursos obtidos no acordo com a General Electric.

A França ganhou uma opção para adquirir 20 por cento da Alstom do conglomerado Bouygues no domingo, em um acordo de última hora que abriu o caminho para a venda da maior parte do negócio de energia da Alstom à GE.

O acordo encerrou uma batalha de dois meses pelo futuro da Alstom, uma valiosa companhia industrial que enfrenta dificuldades com a demanda vagarosa por equipamentos de energia em mercados energéticos pós-recessão e que o governo francês disse que não permitiria que fosse "devorada" por uma empresa estrangeira.

"Acredito que eles (o governo) farão um bom investimento na Alstom. Esta é uma companhia que tem um forte potencial de criação de valor e estou esperando que todos os acionistas se beneficiem desta criação de valor", disse Patrick Kron, presidente-executivo da Alstom, em uma teleconferência com analistas nesta segunda-feira.

No entanto, dado que o governo francês não fará parte do capital da Alstom nem estará em seu Conselho antes do encerramento do acordo em cerca de um ano, ele não terá voz sobre o uso dos recursos obtidos com a transação, acrescentou.

A Alstom vai levantar 12,35 bilhões de euros (16,9 bilhões de dólares) com a venda de seus ativos de energia à GE, mas terá que reinvestir cerca de 2,5 bilhões de euros em três joint ventures a pedido do governo -- nos negócios de redes de eletricidade, energia renovável e energia nuclear.

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