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Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2014 às 11h20.
São Paulo - A América Latina Logística (ALL) teve lucro abaixo das expectativas do mercado para o segundo trimestre, com as operações ferroviárias enfrentando uma fraca demanda e diante da queda no volume transportado pela unidade Ritmo Logística.
O lucro líquido foi de líquido de 93,8 milhões de reais, inferior à previsão de lucro líquido de 130 milhões de reais, segundo a média de estimativas compiladas pela Reuters.
No segundo trimestre de 2013, a companhia tivera prejuízo de 74,4 milhões de reais, refletindo uma baixa contábil dos ativos na Argentina, cujas concessões foram rescindidas pelo governo.
A receita líquida consolidada da ALL somou 1,077 bilhão de reais, alta anual de 4,1 por cento, impulsionada pelo aumento do yield médio (indicador de preços de frete) das operações ferroviárias e pelo maiores volume da unidade Brado Logística, parcialmente ofuscado pelo pior desempenho da Ritmo Logística.
O yield médio das operações ferroviárias avançou 4,4 por cento na base anual, amparado nas tarifas fixadas nos contratos "take-or-pay" num momento de preços de frete reduzidos no mercado à vista, disse a ALL.
Analistas esperavam avanço de 7 por cento na receita líquida, segundo pesquisa Reuters.
O volume transportado pelas operações ferroviárias da ALL cresceu apenas 0,9 por cento na comparação anual. A companhia afirmou que enfrentou "um cenário muito difícil em termos de demanda, uma vez que a China reduziu bruscamente sua demanda de importação de grãos do Brasil durante o período", acrescentando que sofreu em junho com o volume excessivo de chuvas, que interrompeu trechos na região Sul por cerca de 10 dias.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da ALL, que já havia sido divulgada pela companhia em prévia de resultados, ficou em 579,5 milhões de reais, variação positiva de 0,2 por cento na comparação anual.
O Ebitda da Brado Logística avançou 39,8 por cento no segundo trimestre, a 15,5 milhões de reais, com crescimento de 17,9 por cento nos volumes transportados impulsionado pelos corredores da Bitola Larga e Paraná.
Já o Ebitda da Ritmo Logística caiu 51,3 por cento, a 3,4 milhões de reais. O volume transportado da unidade caiu 33,9 por cento, com a descontinuação de operações de baixa rentabilidade na unidade de soluções dedicadas e menor demanda de transporte de commodities agrícolas na unidade intermodal.
A ALL disse esperar melhora nas perspectivas para o segundo semestre, uma vez que "as exportações de grãos devem retomar seu fluxo normal e as exportações de açúcar devem crescer no Porto de Paranaguá".