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Alitalia cancela 60% dos voos devido à greve de funcionários

A paralisação foi organizada por diversos sindicatos, em protesto contra o plano de reorganização da empresa

Alitalia: a Alitalia reconhece que o serviço será afetado também durante esta tarde e pelo menos até as primeiras horas de sexta-feira (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

Alitalia: a Alitalia reconhece que o serviço será afetado também durante esta tarde e pelo menos até as primeiras horas de sexta-feira (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

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EFE

Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 17h47.

Roma - A companhia aérea italiana Alitalia cancelou 60% dos voos nacionais e internacionais programados para quinta-feira devido à greve convocada por funcionários, que começará a partir de meia-noite.

A empresa explica em comunicado publicado em seu site que ativou um plano extraordinário para encaixar nos primeiros voos o máximo de passageiros dos itinerários que foram cancelados utilizando aviões de maior capacidade.

A Alitalia reconhece que o serviço será afetado também durante esta tarde e pelo menos até as primeiras horas de sexta-feira.

A paralisação foi organizada por diversos sindicatos, em protesto contra o plano de reorganização da empresa, que pretende, entre outras medidas, substituir unilateralmente a convenção coletiva nacional, que vigorou até o final de 2016, por outra desenvolvida pela própria companhia.

Esta nova convenção prevê a redução dos salários dos trabalhadores e demissões com o objetivo de reduzir suas perdas, que este ano devem chegar aos 600 milhões de euros, segundo a imprensa local.

O governo italiano se reuniu na terça-feira com a direção da Alitalia e reforçou a necessidade de se estabelecer uma mesa de diálogo com os funcionários a fim de solucionar a situação.

A companhia aérea passa por problemas financeiros há anos. Em 2009, chegou a estar à beira da falência, mas foi salva por um grupo de investidores privados italianos e pela Air France-KLM.

No final de janeiro, a companhia de baixo custo Ryanair se mostrou disposta a assinar acordos de colaboração com Alitalia para sanar seus problemas financeiros, mas exigiu o rompimento de relações com a Air France.

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