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Alibaba compra jornal em inglês de Hong Kong

"Nosso objetivo é ampliar em todo o mundo os leitores do South China Morning Post", disse o vice-presidente executivo do grupo Alibaba


	Jack Ma: "Nosso objetivo é ampliar em todo o mundo os leitores, graças à distribuição digital e a um acesso mais fácil dos conteúdos"
 (Kim Kyung-Hoon / Reuters)

Jack Ma: "Nosso objetivo é ampliar em todo o mundo os leitores, graças à distribuição digital e a um acesso mais fácil dos conteúdos" (Kim Kyung-Hoon / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2015 às 13h09.

Pequim - O gigante privado do comércio eletrônico Alibaba anunciou nesta sexta-feira a compra do jornal independente de Hong Kong "South China Morning Post", o periódico em inglês mais famoso e influente do território.

O Alibaba comunicou nesta sexta-feira que fechou um acordo para adquirir o periódico e outros ativos do grupo de mídia, que é cotado na Bolsa de Valores de Hong Kong.

A aquisição se completou sem que se tenha revelado a soma do acordo, que acontece em plena deterioração da saúde econômica do grupo de comunicação do jornal, fundado em 1903.

Joseph Tsai, vice-presidente executivo do Alibaba, garantiu hoje em uma entrevista ao "Morning Post" que o conglomerado chinês respeitará a linha editorial independente do jornal, que lhe consolidou como um periódico de referência diante da falta de liberdade de imprensa na China, e que fortalecerá a qualidade do conteúdo.

O "South China Morning Post", até agora propriedade da Kerry Media, é um periódico independente que mantém uma ampla rede de correspondentes na China e que frequentemente publica informações que não agradam ao regime comunista de Pequim, por isso que a censura deste país até agora impede que ele seja acessado pela internet.

Tsai adiantou que será eliminado o sistema de pagamento para a edição digital do jornal e que a compra da companhia é "uma oportunidade para aplicar nossa experiência e nossos ativos digitais na distribuição de notícias de uma forma como não nunca foi feito".

A aquisição, no entanto, desperta os temores de que o periódico veja sua imparcialidade comprometida por um grupo chinês, cuja estabilidade não deixa de depender da vontade de Pequim.

Mas Tsai, um dos homens de confiança do criador da empresa, Jack Ma, enfatizou que o Alibaba tem que "manter a confiança dos leitores. E isso dependerá de um relato objetivo, equilibrado e justo".

Desde que as ações do Alibaba foram lançadas em Wall Street no ano passado, o grupo expandiu seus investimentos rumo a todo tipo de negócios relacionados com internet e entretenimento, e vários analistas apontaram que o salto de investir em meios de comunicação era só questão de tempo.

Controla o Youku Tudou (o "YouTube chinês") e lançou um serviço de televisão sob encomenda, o TBO (TMall Box Office), similar ao americano Netflix, enquanto negocia uma participação na corporação Sina, criadora do popular portal chinês Sina.com.cn e da rede social Weibo (o "Twitter chinês").

Texto atualizado às 14h09.

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