São Paulo - Uma nova lei na Alemanha abre caminho para as mulheres ganharem mais posições na hierarquia das empresas.
Aprovada na sexta-feira 6, pela Câmara dos Deputados do país e às vésperas do Dia Internacional da Mulher, a legislação prevê que as companhias destinem até 30% das cadeiras nos conselhos de administração para as executivas.
As cotas para mulheres chegam para minimizar a desigualdade de gênero no comando das companhias e começam a valer a partir do ano que vem. Serão afetadas diretamente pela nova lei as grandes empresas, com mais de 2 mil funcionários.
As de médio porte, que são mais de 3,5 mil companhias no país, também terão de determinar uma cota própria para executivas: quase 60% das médias empresas na Alemanha não têm mulheres em cargos de liderança, segundo pesquisa publicada pelo jornal alemão Handelsblatt.
Mas os germânicos não estão sendo pioneiros, desta vez. Em 2003, a Noruega aprovou a obrigatoriedade da presença feminina em 40% das cadeiras dos conselhos de administração das companhias de lá. Espanha, França, Finlândia, Holanda e Itália seguiram pelo mesmo caminho.
Por aqui, a igualdade de gênero no mundo corporativo está longe de ser uma realidade espontânea e ainda não há legislação neste sentido. No entanto, já há os que defendam a adoção de sistema de cotas femininas. A presidente do Magazine Luiza, Luiza Trajano, é uma das pessoas que levantam esta bandeira.
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1. Distância do topo é maior para elas
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São Paulo – O topo de
carreira continua tendo distâncias diferentes para homens e
mulheres. Relatório da Ernst & Young (EY) indica que a representatividade das mulheres em conselhos do setor privado, parlamentos e cargos de liderança no setor público dos países do G-20 ainda é bem mais baixa do que a de homens. O estudo “Worldwide Women Public Sector Leaders Index” tem como foco a presença de mulheres líderes no setor público. Neste quesito, o Brasil até que vai bem e é o 5º colocado. Mas conselhos de administração ainda são esmagadoramente masculinos, assim como o parlamento brasileiro. Por aqui, apenas 5% das cadeiras dos conselhos no setor privado são ocupadas por
executivas. O índice é menor do que o de países como China e Turquia. Veja os dados nas fotos:
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2. França
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2/20 (Balint Porneczi/Bloomberg)
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3. Alemanha
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3/20 (Thomas Peter / Reuters)
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4. Reino Unido
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4/20 (Justin Tallis/AFP)
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5. África do Sul
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5/20 (Dan Kitwood/Staff)
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6. Comissão da União Europeia
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6/20 (Emmanuel Dunand/AFP)
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7. Estados Unidos
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7/20 (Getty Images)
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8. Austrália
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8/20 (Getty Images)
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9. Canadá
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9/20 (Getty Images)
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10. Itália
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10/20 (Alessandro Bianchi/Reuters)
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11. Turquia
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11/20 (REUTERS/Umit Bektas)
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12. China
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12/20 (Getty Images)
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13. México
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13/20 (Getty Images)
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14. Brasil
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14/20 (Eddie Keogh/Reuters)
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15. Rússia
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15/20 (AFP)
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16. Coreia do Sul
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16/20 (Chung Sung-Jun/Getty Images)
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17. Japão
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17/20 (Hannah Johnston/Getty Images)
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18. Argentina
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18/20 (Wikimedia Commons)
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19. Arábia Saudita
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19/20 (Muhannad Falaah/Getty Images)
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20. Veja também, em quais estados brasileiros as mulheres ganham mais
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20/20 (REUTERS/Kai Pfaffenbach)