Empresa abrirá três novas unidades na região - duas no Brasil e uma na Argentina -, que consumirão investimentos de R$ 520 milhões (Sean Gallup/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2012 às 10h08.
São Paulo - A gigante alemã de especialidades químicas Evonik, que faturou 14 bilhões de euros em 2011, está apostando suas fichas na América Latina para fugir da crise na Europa, que hoje é seu principal mercado. A empresa abrirá três novas unidades na região - duas no Brasil e uma na Argentina -, que consumirão investimentos de R$ 520 milhões. As unidades brasileiras ficarão em Americana (SP) e em Castro (PR) e deverão estar prontas em 2014.
A fábrica paulista vai produzir princípios ativos para a indústria de cosméticos, com o objetivo de fornecer matéria-prima para companhias que já são clientes globais da Evonik e estão localizadas no Estado, como Procter & Gamble, LOreal e Unilever. Já a unidade paranaense produzirá ingredientes para aumentar a eficiência da alimentação de frangos - o objetivo é fornecer o produto para agroindústrias próximas, incluindo uma unidade avícola da Brasil Foods.
De acordo com Weber Porto, presidente da Evonik na América do Sul, do total de investimentos previstos para a região, cerca de dois terços (R$ 350 milhões) serão aplicados no Brasil. A terceira fábrica, de catalisadores para biocombustíveis, será aberta na cidade argentina de Puerto San Martin, por causa do maior desenvolvimento desse mercado na nação vizinha. Segundo a Evonik, a produção de biocombustíveis na Argentina é praticamente equivalente à brasileira, apesar da diferente proporção dos dois mercados.
A aposta renovada no Brasil, depois de anos sem investimentos relevantes, se justifica pela necessidade de expandir mercados em um cenário de crise na Europa. De acordo com Patrik Wohlhauser, membro da diretoria executiva da Evonik, a expectativa para a Europa é de crescimento zero para os próximos anos. Quarenta por cento das vendas do conglomerado se concentram no continente. Por isso, a ordem agora é aumentar a aposta em nações emergentes asiáticas e latino-americanas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.