Avião da Virgin: aquisição pela Alaska Airway ainda deve passar por órgão regulador dos EUA e deve criar a quinta maior empresa aérea do país. (Justin Sullivan/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2016 às 11h38.
Nova York - O Alaska Air Group chegou a um acordo para comprar a Virgin America, vencendo uma batalha com a JetBlue Airways.
A controladora da Alaska Airlines informou que pagará US$ 57 por cada ação da Virgin, um prêmio de 47% sobre o valor de fechamento de sexta-feira, o que representa um valor total de US$ 2,6 bilhões.
A disputa entre a Alaska Air e a JetBlue foi acirrada, segundo uma fonte com conhecimento do assunto. A Alaska prevaleceu, em parte, por causa de seu balanço patrimonial limpo, que permitirá mais facilmente a tomada de empréstimos para financiar a aquisição, afirmou a fonte.
A Alaska Air, uma empresa aérea de 84 anos baseada em Seattle, é classificada com grau de investimento, não tem dívida líquida e possui US$ 1,3 bilhão em caixa, de acordo com seus mais recentes documentos financeiros.
A JetBlue, que começou a operar em 2000, tinha US$ 876 milhões em caixa no fim do ano passado e uma linha de crédito não usada de US$ 600 milhões, além de dívida de US$ 1,8 bilhão.
O acordo deverá ser concluído até 1º de janeiro de 2017 e pode gerar aumento de 27% na receita anual da Alaska Air.
A combinação da empresa com a Virgin America, que ainda passará por avaliação do Departamento de Justiça dos EUA, vai criar a quinta empresa aérea do país em tráfego, superando a JetBlue, que atualmente ocupa essa posição.
Ainda assim, a nova companhia continuará sendo bem menor que as quatro maiores empresas aéreas norte-americanas, que controlam 80% da capacidade doméstica.
A Virgin America, que começou a voar em 2007, é controlada pelo Virgin Group, com participação de 54%, e pelo Cyrus Capital Partners. A empresa abriu capital em novembro de 2014. Fonte: Dow Jones Newswires.