Airbus A380 da China Southern Airlines: a Airbus prevê que só o mercado chinês absorverá 3.830 aviões novos, por US$ 509 bilhões (Pascal Pavani/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2012 às 11h37.
Paris - A China será o principal mercado para a venda de aviões comerciais de mais de 100 lugares em 2031, à frente dos Estados Unidos, dos Emirados Árabes Unidos e de Índia, segundo a última Previsão Global do Mercado da Airbus.
'Dentro de 20 anos, o trânsito doméstico de passageiros da China superará ao dos Estados Unidos', destacou o diretor comercial de Airbus, John Leahy, em comunicado.
Os voos domésticos nos Estados Unidos, China, Europa Ocidental e Índia vão representar um terço do tráfego aéreo mundial de passageiros em 2031, que deve crescer a partir de 2012 a um ritmo médio de 4,7% anual, segundo Leahy.
De acordo com essas estimativas, a demanda global de aviões de passageiros e de carga nos próximos 20 anos será de 28.200 aeronaves, por um valor aproximado de US$ 4 trilhões (R$ 8,13 trilhões). Os aviões de passageiros serão mais de 27.350, avaliados em US$ 3,7 trilhões (R$ 7,52 trilhões).
Nas previsões anteriores, publicadas em 2011, a Airbus antecipava a venda de 26.921 aeronaves no prazo de 20 anos. Agora, levando-se em conta que serão substituídos 10.350 aviões por modelos mais eficientes, a frota mundial de aeronaves de passageiros saltará dos 15.550 atuais para mais de 23.550 em 2031. Já os aviões de carga devem praticamente dobrar, passando de 1.600 para três mil unidades.
A Airbus prevê que só o mercado chinês absorverá 3.830 aviões novos, por US$ 509 bilhões (R$ 1,034 trilhão).
Em conjunto, as economias emergentes representarão nos próximos 20 anos mais da metade do aumento do tráfego aéreo.
Por áreas geográficas, a região da Ásia-Pacífico representará 35% das aquisições de aviões novos, já a Europa e a América do Norte constituirão 21% cada um.
A Airbus estima que entrem em serviço mais de 1.700 'aviões de grande tamanho', com capacidade para transportar mais de 400 passageiros, como o modelo A380 ou o 747 da concorrente Boeing, por um montante total de US$ 500 bilhões (R$ 1,016 trilhão). Do total, 46% serão destinados à região Ásia-Pacífico, 23% ao Oriente Médio e 19% à Europa.
No segmento de aeronaves de dois corredores, serão comercializadas 6.970 unidades que devem custar US$ 1,7 trilhões (R$ 3,46 trilhões), sendo novamente a Ásia-Pacífico responsável por quase a metade (46%), à frente da Europa (17%) e América do Norte (13%).
Por último, um terço dos 19.500 aviões de um corredor que devem entrar em serviço nos próximos 20 anos, no valor de US$ 1,6 trilhões (R$ 3,25 trilhões), será destinado ao mercado da Ásia-Pacífico, 25% à América do Norte e 22% à Europa.
Aproximadamente 30% deste tipo de aeronaves serão destinadas às companhias aéreas de baixo custo.