A saudável demanda dos compradores deu evidências de que uma sólida retomada na aviação civil está em curso (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2011 às 21h34.
Paris - A Airbus dominou a Paris Air Show na terça-feira com uma onda de novas encomendas de seu A320neo e concluiu um aguardado acordo com uma companhia aérea indiana que estabelecerá um novo recorde em número de aeronaves vendidas.
A companhia aérea de baixo custo da Índia IndiGo deve anunciar na quarta-feira a encomenda de 16 bilhões de dólares por 180 aeronaves da Airbus, impulsionando o sucesso do A320neo.
O aumento nos preços do petróleo neste ano ajudou a incentivar uma série de encomendas de aeronaves com consumo de combustível mais eficiente na Paris Air Show, favorecendo o jato de passageiros da Airbus.
Mas isso aumentou a pressão sobre a rival Boeing e limitou as oportunidades para novas concorrentes da Rússia e da China.
A europeia Airbus obteve 25,9 bilhões de dólares em encomendas no segundo dia, superando os 19,1 bilhões de dólares conquistados pela Boeing.
Mais cedo na terça-feira, o diretor de vendas da Airbus afirmou ter compromissos de compra de seus novos A320, incluindo um memorando de entendimento com a companhia de leasing CIT por 50 unidades.
A saudável demanda dos compradores deu evidências de que uma sólida retomada na aviação civil está em curso, fortalecida por mercados emergentes na Ásia. Os altos preços do combustível também deram a compradores um novo sentimento de urgência para a aquisição de aeronaves de consumo eficiente.
"Isso evidencia a pressão que companhias aéreas maduras enfrentam para se tornarem mais eficientes e terem aviões modernos", disse Howard Wheeldon, estrategista sênior da corretora londrina BGC Partners.
China e Rússia estão sob os holofotes na feira de aviação no momento em que tentam entrar no mercado de jatos com mais de 100 assentos. O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, visitou a Paris Air Show na terça-feira com o objetivo de promover a indústria aeroespacial de seu país.
Empresas mais estabelecidas de Brasil e Canadá também estão se aproximando do território da Airbus e da Boeing com aviões de 120 a 130 lugares, em adição aos jatos regionais.