Negócios

Airbus A350 voará distância recorde com apenas uma turbina

Tempo máximo determina as rotas em que os modernos jatos com duas turbinas podem voar sobre áreas desertas e oceanos


	A350: tempo equivale a uma distância máxima de desvio de 2.500 milhas naúticas
 (Julia Carvalho/EXAME.com)

A350: tempo equivale a uma distância máxima de desvio de 2.500 milhas naúticas (Julia Carvalho/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2014 às 15h05.

Paris/Nova York - A Airbus recebeu autorização para que seu A350 voe mais de seis horas com apenas uma das duas turbinas no caso de uma falha, uma certificação importante que permite que o jato de longo percurso voe em qualquer rota de passageiros.

A Agência Europeia para a Segurança da Aviação (Easa, na sigla em inglês) concedeu ao jato da Airbus a certificação de alcance estendido, conhecida como "Etops", para "além de 180 minutos", mas permitirá que pilotos voem com os A350 por até 370 minutos caso uma turbina seja desativada, disse a Airbus.

As regras de operações estendidas determinam o tempo máximo de voo pelo qual jatos com apenas uma turbina funcionando podem se afastar do aeroporto mais próximo durante qualquer ponto da viagem, de modo que possam voltar com segurança caso a outra turbina também falhe.

O tempo máximo determina as rotas em que os modernos jatos com duas turbinas podem voar sobre áreas desertas e oceanos, e portanto é vista como crucial para as propostas de vendas das aeronaves.

O tempo máximo de desvio do A350, de seis horas e 10 minutos, confirma uma notícia anterior da Reuters.

O tempo equivale a uma distância máxima de desvio de 2.500 milhas naúticas (4.630 quilomêtros), um recorde da indústria, disse a Airbus. O Boeing 787 Dreamliner tem autorização para operar por 330 minutos com uma turbina, mas a diferença entre as duas categorias é vista amplamente como sendo de marketing, já que ambos os jatos têm margem suficiente para operar na maioria das rotas comerciais.

Fabricantes de aeronaves e turbinas dizem que desligamentos das turbinas durante um voo são extremamente raros e que jatos raramente precisam fazer desvios por distâncias tão longas. No entanto, fabricantes precisam demonstrar que uma aeronave pode voar por longos desvios e as companhias aéreas tem que provar que possuem o treinamento adequado para se preparar para este cenário. O Airbus A350 deve entrar em serviço até o final do ano.

Acompanhe tudo sobre:AirbusAviaçãoAviõesEmpresasEmpresas holandesasempresas-de-tecnologiaSetor de transporteTransportesVeículos

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'