Aviões da Air France: negociações serão retomadas nesta tarde (Boris Horvat/AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2014 às 10h29.
Paris - A companhia aérea Air France afirmou que manterá "mais da metade do programa de voos" neste sábado e que continua em negociações com os sindicatos de pilotos para acabar "rapidamente" com a greve.
Em comunicado, a empresa francesa explicou que nesta sexta-feira precisará cancelar 52% dos voos e aconselhou aos clientes que tenham reservado viagens até o dia 30 de setembro para que, se for possível, adiem até 16 de outubro.
As alterações podem ser feitas sem custos extras, com a condição de que haja assentos disponíveis.
As negociações entre a direção da companhia e os sindicatos de pilotos serão retomadas nesta tarde, pois não chegaram a um acordo na quinta-feira. As reivindicações são por um contrato para a filial de baixo custo Transavia France com as mesmas condições que a Air France.
Os grevistas tiveram a principal reivindicação atendida na quarta-feira: a retirada do projeto de criação de Transavia Europe, que permitiria a abertura de várias bases para a companhia fora da França e da Holanda, com condições trabalhistas menos favoráveis que os existentes.
O conselho de administração do grupo Air France-KLM se reuniu na quinta-feira para confirmar que o desenvolvimento da Transavia France só poderá ser feito "em condições econômicas compatíveis com o modelo de baixo custo", segundo outro comunicado da empresa.
O informativo afirma que "um contrato único, em particular com as condições da Air France, vai totalmente contra" essa ideia.
Os administradores ressaltaram que os planos de expansão de Transavia France "constituem uma dimensão essencial" do planejamento estratégico da companhia.
Por isso, insistiram para que os representantes dos grevistas "concluam as negociações" e pediram "responsabilidade aos pilotos, para que voltem "imediatamente" ao trabalho.
De acordo com a empresa, as previsões de lucro para este ano devem ser comprometidas com a greve, que já dura há 13 dias. É estimado que a companhia tenha um prejuízo de 10 a 15 milhões de euros para cada dia de paralisação.