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Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2013 às 18h01.
Paris - A Air France-KLM registrou um prejuízo menor que o esperado no primeiro trimestre do exercício social, uma vez que as preocupações com a crise do vulcão islandês deram lugar a evidências de uma recuperação acelerada da economia.
A maior companhia aérea da Europa informou um prejuízo de 132 milhões de euros (170,4 milhões de dólares), menos da metade do valor médio esperado nos mercados, nos três meses anteriores a junho, durante os quais viu crescer o espaço para carga e o número de assentos ocupados em seus aviões.
Caso as cinzas vulcânicas da Islândia não tivessem levado ao fechamento do espaço aéreo europeu em abril, o grupo poderia ter registrado um pequeno lucro. Isso indica uma recuperação melhor que esperada em carregamentos, considerada uma medida da força do comércio global.
"Vimos uma forte recuperação nas atividades no primeiro trimestre, tanto em passageiros quanto em carregamentos, apesar do fechamento do espaço aéreo europeu por cinco dias após a erupção do vulcão islandês", disse o grupo franco-holandês nesta terça-feira.
"No primeiro trimestre, vimos uma aceleração na recuperação dos níveis de atividade, especialmente no setor de viagens de negócios e em carregamentos. A venda de passagens para o segundo trimestre é sólida, mas há incertezas em relação ao ambiente econômico e o preço do combustível, o que nos deixa cautelosos sobre o segundo semestre".
A Air France-KLM reiterou sua meta de atingir um equilíbrio no balanço de 2010-11 ao nível de operações de base, mas não mencionou se isso exclui ou não o impacto de contratos de combustível anteriores a 2009 --o que foi incluso em seu ultimo balanço anual divulgado em maio.
No entanto, a companhia afirmou que a projeção exclui o impacto da crise vulcânica de abril, o custo da qual estima ser de 158 milhões de euros, por volta do mesmo valor que sua estimativa anterior.
Segundo pesquisa da Thomson Reuters I/B/E/S, analistas esperavam que a Air France-KLM divulgasse um prejuízo operacional de 277 milhões de euros, sobre uma receita de 5,43 bilhões de euros, e um lucro líquido de 233 milhões de euros.
O prejuízo operacional registrado pela companhia é significantemente melhor que o déficit de 496 milhões de euros registrados no mesmo período um ano antes.
Já a receita da empresa cresceu 10,7 por cento, para 5,72 bilhões de euros, e o lucro líquido, que muitos analistas consideram uma medida menos importante da força da companhia que os resultados operacionais, subiu para 736 milhões de euros, ante um prejuízo líquido de 426 milhões de euros um ano antes.