Turismo: empresário Marcelo Cohen — dono da Belvitur — vai desembolsar R$ 500 milhões (Issarawat Tattong/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de outubro de 2021 às 16h47.
Última atualização em 21 de outubro de 2021 às 12h00.
A Flytour, uma das maiores empresas do setor de turismo do país, foi vendida após meses de negociação. A Belvitur, de Minas Gerais, que vinha negociando o controle da empresa nos últimos seis meses, fechou o negócio na terça-feira, 19. A negociação foi concluída em meio à expectativa de recuperação do setor de turismo, um dos mais afetados pela pandemia de covid-19.
No total, entre pagamento de dívidas, investimentos e compra pelo controle, o empresário Marcelo Cohen — dono da Belvitur — vai desembolsar 500 milhões de reais. Segundo ele, as dívidas em torno de 142 milhões de reais já foram negociadas e a empresa vai entrar em um novo momento.
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"A companhia já vinha se recuperando e só no último mês cresceu 30%. Ganhamos 130 contas somente no último ano", diz ele. O fundador da empresa, Elói D'Ávila, um ex-engraxate que criou uma empresa bilionária, continuará na empresa como conselheiro e braço direito do novo CEO.
A Flytour vinha de um período complicado, assim como todo o setor. Com as vendas paralisadas e com muitos compromissos assumidos, o caixa da empresa foi se deteriorando, assim como o seu faturamento. Em 2019, a companhia teve vendas que somaram 6 bilhões de reais. Para este ano, segundo Cohen, a meta é chegar a 3 bilhões de reais.
O que também chama a atenção é que a compra será feita por uma empresa bem menor do que a própria Flytour.
A Belvitur é uma empresa que teve 800 milhões de reais em vendas antes da pandemia. No ano passado, também viu suas vendas despencarem para um patamar de 335 milhões de reais.
Para este ano, estima Cohen, a meta é tentar voltar para a casa dos 600 milhões de reais, sem contar com a Flytour.
Ao comprar a terceira maior empresa de turismo da América Latina Cohen enxerga uma abertura de capital próxima. "Queremos estrear na bolsa", diz.
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