Eletropaulo: para 2013, a meta de investimentos da empresa é de R$ 647 milhões (Divulgação/Facebook)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2013 às 22h47.
Rio - A AES Eletropaulo anunciou nesta quarta-feira prejuízo de R$ 800 mil no primeiro trimestre de 2013 ante um lucro de R$ 97 milhões em igual intervalo do ano passado. A geração de caixa medida pelo Ebitda caiu 57% no mesmo período de comparação, para R$ 128,1 milhões. A receita líquida diminuiu 7,4%, para R$ 2,29 bilhões.
A AES Eletropaulo deverá voltar a pagar um nível elevado de dividendos a seus acionistas só após a conclusão do período de devolução dos recursos arrecadados a maior por causa da postergação em um ano da revisão tarifária da companhia.
"Quando passar esse período de devolução, a empresa deve ter uma condição financeira saudável e voltar a ser uma pagadora regular de dividendos", afirmou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da distribuidora, Rinaldo Pecchio.
Originalmente, a distribuidora deveria ter passado pelo terceiro ciclo de revisão tarifária do setor em julho de 2011. Contudo, a metodologia de revisão não foi concluída a tempo pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e a concessionária teve suas tarifas revisadas em julho de 2012.
Segundo Pecchio, o fato de a companhia ter ficado um ano com uma tarifa mais alta do que deveria constituiu um saldo de R$ 1,053 bilhão que terá de ser devolvido aos consumidores. "Isso vai afetar o nosso resultado em 2013, em 2014 e, talvez, parte de 2015. Esse é um período que estaremos sendo penalizado por isso", disse.
O executivo explicou que a administração da AES Eletropaulo tem como prática no momento de decidir o nível de dividendos olhar o programa de investimentos, as obrigações de dívidas e o fluxo de caixa. Por conta desses fatores, a companhia distribuiu apenas 25% do lucro líquido distribuível aos seus acionistas.
"A companhia quer voltar a pagar 100% de dividendos. Quando isso vai acontecer? Não consigo falar", comentou Pecchio. Para 2013, a meta de investimentos da empresa é de R$ 647 milhões. Mesmo que retome o pagamento regular de dividendos em níveis mais elevados do que o atual, Pecchio ponderou que esse patamar será inferior ao que era antes da revisão tarifária. "Mas ainda será um nível bastante interessante", afirmou.