Lucro líquido apurado foi de R$ 754 milhões, dos quais R$ 456 milhões foram reinvestidos na empresa (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2011 às 14h12.
Brasília - O presidente do grupo AES no Brasil, Britaldo Soares, rebateu as críticas de que os investimentos da AES Eletropaulo, distribuidora de energia elétrica do grupo na Grande São Paulo, estariam muito aquém do lucro obtido pela sua empresa nos últimos anos. "Houve determinado período de volatilidade de resultados. Nos últimos três anos, a Eletropaulo teve lucros de eventos específicos, como ganhos de causas", explicou.
Nesse período, houve recebimento de indenizações e até vendas de ativos, como a EP Telecom, em 2010, em atendimento à determinação da própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além da implantação do novo padrão contábil internacional, denominado IFRS, aplicado ao balanço da empresa por determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em 2008, por exemplo, o lucro da companhia foi de R$ 1,027 bilhão, mas como R$ 273 milhões foram resultantes de eventos não recorrentes. Dessa forma, o lucro líquido apurado foi de R$ 754 milhões, dos quais R$ 456 milhões foram reinvestidos na companhia. Em 2009, do lucro de R$ 1,157 bilhão, o lucro líquido foi de R$ 689 milhões, desconsiderando eventos não recorrentes; o investimento foi de R$ 515 milhões. No ano passado, do lucro aferido de R$ 1,343 bilhão, o lucro líquido foi de R$ 836 milhões e foram investidos R$ 682 milhões. O lucro oriundo de receitas não recorrentes somou R$ 512 milhões.
Segundo Soares, a companhia faz um planejamento de investimento para um período de cinco anos, que é revisado e ajustado periodicamente. Para 2011, a AES Eletropaulo está empenhando mais R$ 120 milhões além do previsto para adicionar 150 posições no call center da distribuidora. Segundo o executivo, outras ações para facilitar a comunicação dos clientes com a empresa estão sendo implantadas, como a opção de contato por mensagem de texto pelo celular (SMS). Além disso, o executivo afirmou que a empresa prevê a contratação de 300 atendentes, que serão acionados em dias de crise.