O analista Ray Neidl, da Maxim Group, afirmou que as dez maiores do setor norte-americano tiveram um 2011 positivo, com exceção da American Airlines (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2012 às 09h07.
A maioria das companhias aéreas dos EUA deve ter registrado lucro no quarto trimestre, tendência que deve continuar em 2012 em meio a cortes de custos e o aumentos nos preços das passagens que têm ajudado o setor a compensar gastos maiores com combustível e a enfrentar a incerteza na economia.
Alguns especialistas acreditam que as margens de 2012 vão melhorar em relação ao ano passado, tendo em vista que as aéreas se focaram na diminuição de despesas com combustível, continuam a desativar aviões pouco eficientes e estão mantendo controle estreito sobre o número de passagens que vendem.
"Achamos que 2011 terminou realmente bem, e 2012 está começando com força", afirmou a analista Helane Becker, da Dahlman Rose & Co. "Estamos sendo cautelosamente otimistas", acrescentou.
A Southwest Airlines Co vai abrir na quinta-feira a temporada de resultados do quarto trimestre das companhias aéreas dos EUA. United Continental e Delta Air Lines devem divulgar seus números na próxima semana.
Há dois anos as aéreas vêm se recuperando de uma década de várias falências e fusões no setor. Uma série de cortes de capacidade em 2009 abriu o caminho para tarifas mais caras que ajudaram a compensar a alta do preço do combustível.
O analista Ray Neidl, da Maxim Group, afirmou que as dez maiores do setor norte-americano tiveram um 2011 positivo, com exceção da American Airlines, cuja matriz AMR entrou com pedido de proteção contra falência em novembro e não divulgará os resultados trimestrais na mesma época que as concorrentes.
Ao todo, Neidl acredita que essas companhias aéreas tenham ganho 2 bilhões de dólares no ano passado, contra os 4,2 bilhões de dólares em 2010.
"Acho que as companhias aéreas podem, como indústria e excluindo a American, quase dobrar a lucratividade para cerca de 6 bilhões de dólares" este ano, disse Neidl.