Negócios

Aérea de baixo custo compra briga com gigantes nos EUA

Frontier, que ostenta animais selvagens nas caudas de seus aviões, planeja dobrar sua presença no próximo verão

Frontier afirma que ampliando seus voos mais baratos pelo país, os passageiros economizarão mais de US$ 1 bilhão (Michael Francis McElroy/Getty Images)

Frontier afirma que ampliando seus voos mais baratos pelo país, os passageiros economizarão mais de US$ 1 bilhão (Michael Francis McElroy/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2017 às 12h27.

Última atualização em 9 de agosto de 2017 às 12h34.

A Frontier recentemente sacudiu o setor de empresas aéreas dos EUA ao divulgar um comunicado de imprensa ousado.

Considerando as consequências da notícia da decidida operadora, pode-se dizer que os superlativos foram um indiscutível presságio de guerra.

Uma guerra de preços, para sermos precisos.

A operadora de ultrabaixo custo (ULCC, na sigla em inglês) que ostenta animais selvagens nas caudas de seus aviões planeja dobrar sua presença no próximo verão (Hemisfério Norte) adicionando 21 cidades e 85 rotas para chegar a um total de 1.000 rotas, que lhe permitirão atingir 90 por cento da população dos EUA.

A expansão tem um foco forte na Flórida e em Denver, a base da Frontier, e faz parte de uma expansão planejada que aumentará a frota de 75 aviões da família A320, da Airbus, para 120 aviões até 2022.

A Frontier afirma que ampliando seus voos mais baratos pelo país, os passageiros economizarão mais de US$ 1 bilhão.

“Aproveitando a nossa fatia natural na conexão de passageiros, podemos oferecer nossas passagens mais baratas para uma maior parte dos EUA”, disse a Frontier. “Isto é particularmente importante através do nosso terminal maior e da nossa base em Denver.”

A notícia de 18 de julho suscitou uma rápida resposta do presidente da United, Scott Kirby, que já empregou a expressão “fatia natural” para descrever os planos de crescimento de sua empresa nos seus principais aeroportos. Denver, casualmente, é o mais rentável dos sete terminais da United Continental Holding nos EUA.

Kirby, que como presidente da American Airlines Group liderou a primeira verdadeira guerra de preços do setor contra as ULCC, disse que a notícia da Frontier ilustrava a falta de oportunidades de crescimento dessas operadoras. “Agora elas concorrem no nosso território e estão tentando ser uma operadora de rede em Denver”, disse Kirby, declarando que essa é “uma batalha que eu garanto que a United vai ganhar”.

Denver

Atualmente, cerca de um quarto dos passageiros da Frontier passam por Denver, que até recentemente era a única cidade onde a empresa vendia conexões.

Nos próximos meses, a Frontier planeja oferecer conexões em mais algumas cidades, entre elas Austin, Cincinnati, Cleveland e Orlando, disse o porta-voz Richard Oliver.

Apesar de estar claro que a Frontier está se preparando para uma briga, ela não parece disposta a arrastar os investidores na disputa, já que adiou seus planos de fazer uma abertura de capital.

O IPO foi adiado pelo menos até setembro, informou a Bloomberg News. Daniel Shurz, vice-presidente comercial sênior da Frontier, não quis comentar o IPO.

“Será que a era de rentabilidade altíssima das ULCC nos EUA está chegando ao fim?”, perguntou a Airline Weekly em sua edição de 30 de julho. “Eu lembro que o nosso obituário já foi escrito muitas vezes”, disse Shurz.

Acompanhe tudo sobre:Aviaçãocompanhias-aereasConcorrênciaEstados Unidos (EUA)

Mais de Negócios

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'

Martha Stewart diz que aprendeu a negociar contratos com Snoop Dogg