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Advent compra faculdade do RS e quer ativos da Kroton

O fundo, segundo fontes de mercado, está disposto a investir até R$ 900 milhões para ficar com ativos que a Kroton terá de vender para a fusão com a Estácio

Advent: O fundo está disposto a investir até R$ 900 milhões para ficar com ativos que a Kroton terá de vender (Faculdade/Divulgação)

Advent: O fundo está disposto a investir até R$ 900 milhões para ficar com ativos que a Kroton terá de vender (Faculdade/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de dezembro de 2016 às 11h18.

São Paulo - Após acertar sua volta ao setor de educação em 2015, dois anos depois de deixar de ser sócio da Kroton, líder de mercado no País, o fundo Advent está se preparando para dar passos mais ousados a partir do ano que vem.

A compra da faculdade gaúcha Cesuca, anunciada ontem, é só uma "amostra" de um apetite que deve ser bem maior em 2017.

O fundo, segundo fontes de mercado, está disposto a investir até R$ 900 milhões para ficar com ativos que a Kroton terá de vender para aprovar a fusão com a Estácio no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O fundo americano voltou ao setor de educação, mas ainda de forma tímida. Comprou, em março de 2015, o Centro Universitário da Serra Gaúcha, de Caxias do Sul (RS), que serviu de gênese para um novo grupo educacional, o FSG.

Agora, adquiriu a Cesuca, de Cachoeirinha, por cerca de R$ 50 milhões, de acordo com fontes. Juntos, os dois negócios somam 13 mil alunos. Neste momento, o Advent estaria em negociações com instituições de outras regiões, incluindo conversas avançadas com um grupo nordestino.

Embora não confirme os valores que o fundo estaria disposto a investir, o executivo Newton Maia, diretor do Advent, confirmou que os ativos da Kroton estão sendo vistos por todo o setor de educação como uma plataforma interessante de crescimento.

Segundo ele, em razão do porte da Kroton, as instituições podem ser adquiridas e depois adaptadas à "filosofia" da FSG, que é concentrar faculdades que tenham notas altas nas avaliações do Ministério da Educação (MEC).

A FSG está tentando se firmar com base em um discurso de qualidade de ensino. "A ideia é que, ao fazer um curso nas nossas instituições, o jovem consiga encontrar um bom emprego e tenha o retorno do investimento. Assim, ele vai nos indicar no futuro", diz Maia.

Hoje, as duas empresas no portfólio da FSG cobram mensalidade média de R$ 1.000 - acima do que é considerado um preço "popular" no mercado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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