Agência do bank of America na Times Square em Nova York: a decisão pode levar meses após o julgamento ser concluído. (©AFP/arquivo / Stan Honda)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2013 às 15h31.
Nova York - Uma batalha de longa duração terá início na segunda-feira, quando começarem os procedimentos judiciais sobre um acordo de 8,5 bilhões dólares entre o Bank of America e investidores em títulos de hipoteca que azedaram na crise financeira.
O Bank of America concordou com o acordo proposto em junho de 2011 para resolver acusações de investidores que detinham títulos emitidos pela empresa de hipotecas Countrywide Financial, comprada pelo Bank of America em 2008.
Vinte e dois investidores institucionais, incluindo a BlackRock, MetLife e a Pacific Investment Management, da Allianz, entraram no acordo. Mas a American International Group e outros se opuseram, dizendo que o acordo oferecia-lhes apenas uma fração do dinheiro que perderam.
A juíza Barbara Kapnick da Suprema Corte do Estado de Nova York, que vai decidir o caso sem júri, reservou as duas primeiras semanas de junho para julgar o caso.
Se ela rejeitar o acordo, as partes poderiam enfrentar anos de litígio.
Kathy Patrick, que vai argumentar pelos investidores institucionais que negociaram o acordo, disse que os opositores compreendem apenas sete por cento dos titulares de certificados.
"Há um apoio enorme para esse acordo", disse Kathy em sua argumentação, durante uma apelação de última hora, na semana passada.
O acordo proposto "oferece centavos por dólares", afirmou o advogado de Colorado Daniel Reilly, que representa a AIG, durante as discussões da semana passada.
A decisão pode levar meses após o julgamento ser concluído.