Matthias Müller, presidente da Volkswagen: acordo inclui mais de 10 bilhões de dólares em oferta de recompra a proprietários de veículos e quase 5 bilhões em fundos de poluentes (Fabian Bimmer/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2016 às 20h44.
As autoridades alemãs encarregadas de investigar o escândalo de falsificação nos testes de emissão de poluentes da Volkswagen abriram uma investigação sobre um funcionário da montadora suspeito de ter destruído provas da fraude, apurou a AFP na quinta-feira.
Para dar fim aos processos civis que enfrenta por conta do escândalo dos motores a diesel adulterados, a Volkswagen terá que desembolsar US$ 15 bilhões, informou a Bloomberg News nesta segunda-feira.
Na semana passada, uma fonte ligada ao caso judicial disse à AFP que na próxima terça-feira o grupo apresentará à Justiça uma proposta de US$ 10,3 bilhões de dólares em indenizações e no financiamento de um fundo ambiental.
Segundo a agência Bloomberg, o acordo também inclui o pagamento de uma multa de 2,7 bilhões de dólares às autoridades americanas de proteção do meio ambiente e 2 bilhões de dólares para financiar o desenvolvimento de tecnologias de emissões limpas.
O grupo desembolsaria outros 400 milhões de dólares a vários estados dos Estados Unidos, de acordo com a Bloomberg.
A apresentação desse plano da empresa à justiça deve pôr fim a um longo e complicado processo de negociação entre a multinacional alemã e as autoridades americanas, mas não acabará totalmente com as causas judiciais em que a Volkswagen está envolvida.
O grupo, que também é dono das marcas Audi, Porsche e Seat, enfrenta uma investigação penal do Departamento de Justiça e várias ações coletivas.
A Volkswagen admitiu ter instalado um software para alterar os dados das emissões em 11 milhões de motores a diesel no mundo.
*Notícia atualizada dia 27/06 às 20h43