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Ações da BHP desabam após anúncio de processo no Brasil

O MP brasileiro pediu na terça-feira uma indenização de 155 bilhões de reais à Samarco e suas proprietárias, a BHP Billiton e a brasileira Vale


	Mariana (MG): o MP brasileiro pediu na terça-feira uma indenização de 155 bilhões de reais à Samarco e suas proprietárias, a BHP Billiton e a brasileira Vale
 (Douglas Magno/AFP Photo)

Mariana (MG): o MP brasileiro pediu na terça-feira uma indenização de 155 bilhões de reais à Samarco e suas proprietárias, a BHP Billiton e a brasileira Vale (Douglas Magno/AFP Photo)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2016 às 10h02.

As ações da mineradora BHP Billiton despencaram nesta quarta-feira em Sydney e em Londres, depois do anúncio do processo bilionário do Ministério Público Federal do Brasil pela tragédia na barragem de rejeitos da Samarco em Mariana.

Os valores da empresa anglo-australiana caíram 9,36% na Bolsa de Sydney, que fechou a sessão em queda de 1,5%. Na City de Londres, o título da BHP era negociado em baixa de 6,98%.

O MP brasileiro pediu na terça-feira uma indenização de 155 bilhões de reais (43,4 bilhões de dólares) à Samarco e suas proprietárias, a BHP Billiton e a brasileira Vale, para que paguem "integralmente" os danos derivados do deslizamento provocado em 5 de novembro pela ruptura de uma barragem de rejeitos em Mariana, Minas Gerais.

A tragédia, a maior catástrofe ambiental na história do país, provocou uma torrente de lama que devastou uma cidade inteira e matou 19 pessoas, além de ter deixado centenas de moradores desabrigados.

Como garantia de pagamento, o Ministério Público solicitou que nem Samarco, BHP ou Vale distribuam lucros ou recebam ajudas públicas no momento.

A BHP afirma em um comunicado divulgado nesta quarta-feira que ainda não recebeu uma notificação da ação, mas reiterou seu "compromisso de ajudar a Samarco a reconstruir sua comunidade e a restaurar o entorno afetado pela ruptura da barragem".

O valor exigido é consideravelmente maior ao do plano de reparação estabelecido em março pelo governo brasileiro de 24,1 bilhões de reais (US$ 6,193 bilhões) com a Samarco e suas duas proprietárias, que segundo o MP era apenas uma "carta de intenções".

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