O Instituto AVB tem o objetivo de promover a igualdade social e econômica nas regiões onde a empresa atua, como os estados do Maranhão, Piauí e Minas Gerais (AVB/Divulgação)
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Publicado em 9 de novembro de 2022 às 07h30.
Última atualização em 9 de novembro de 2022 às 09h53.
A Aço Verde do Brasil (AVB), empresa do Grupo Ferroeste, que é a primeira siderúrgica no mundo, segundo a Société Générale de Surveillance (SGS), a produzir aço sem utilizar combustíveis fósseis, quer potencializar o “S” de suas ações de ESG (Ambiental, Social e Governança, em português). A partir de 2023, a empresa dará início a construção da sede do Instituto AVB (IAVB) localizado no município de Açailândia, no sul do Maranhão.
A associação civil sem fins lucrativos foi oficialmente criada neste ano com o objetivo de promover a igualdade social e econômica nas regiões onde a AVB atua – além da usina siderúrgica no Maranhão, a empresa tem operações florestais no Piauí e em Minas Gerais.
“O instituto nasceu da necessidade de consolidar e padronizar todas as iniciativas desenvolvidas pela empresa na área social ao longo dos anos da nossa operação e que estavam descentralizadas”, explica Silvia Carvalho Nascimento, CEO da Aço Verde do Brasil.
Hoje, o instituto tem uma equipe administrativa própria formada por ex-funcionários da AVB que já atuavam em ações de responsabilidade social da empresa. Todos já participaram do treinamento sobre rotinas administrativas e contábeis do Terceiro Setor, oferecido pelo Instituto Brasileiro de Negócios Sociais (Bureau Social), que oferece assessoria e consultoria técnica especializada na promoção de impactos sociais e ambientais positivos.
O instituto também conta com a ajuda de voluntários e atua em cinco pilares: esporte, cultura, educação, saúde e assistência social, incluindo as classes minorizadas ─ pretos, pardos ou indígenas (PPI), pessoas com deficiência (PCDs) e LGBTQIAPN+.
Em 2021, foram atendidas mais de 10 mil pessoas, em mais de 15 projetos e ações realizadas pela empresa para as comunidades próximas a suas operações, além dos pacientes atendidos pelas doações de oxigênio às Secretarias de Saúde do Maranhão e do Amazonas.
A AVB realizou ou apoiou cerca de 30 ações sociais no sul do Maranhão no ano passado. Desde a realização de atividades culturais e esportivas a doações para entidades assistenciais e pessoas em situação de vulnerabilidade e extrema pobreza, e campanhas de acesso e cuidados à saúde.
A ideia, agora, é concentrar as ações no instituto e ampliar os atendimentos por etapas, à medida que os espaços da sede forem sendo entregues. A previsão é que a sede do IAVB seja finalizada em dois anos, com início das atividades em 2025. Para financiar as obras e ações desenvolvidas pelo instituto, a AVB utiliza investimentos de leis de incentivos fiscais.
Por meio do Instituto e de sua sede própria, será possível aumentar o número de pessoas atendidas e os tipos de serviços oferecidos aos funcionários e moradores locais. Entre os espaços previstos estão uma quadra poliesportiva, dois consultórios médicos e dois odontológicos, duas salas de informática, com capacidade para 20 alunos cada uma, e três salas de aula com capacidade para 30 alunos cada uma.
O projeto também prevê um anfiteatro com capacidade para 250 pessoas e 100% acessível a pessoas com mobilidade reduzida, que será disponibilizado para apresentações de escolas da região e demais ações culturais.
A prioridade e a primeira estrutura a ser entregue será a criação da Creche AVB, com capacidade de receber 120 crianças. O objetivo é atender as funcionárias da empresa que param suas rotinas de trabalho para cuidar dos filhos e não possuem uma rede de apoio para voltar ao mercado de trabalho.
“Queremos incentivar a contratação de mais mulheres no setor siderúrgico, atingir a equidade de gênero e ampliar a diversidade na companhia a partir da capacitação de talentos”, justifica Silvia.
A organização ainda expandirá as iniciativas em capacitação profissional e disponibilizará cursos de informática. Na área da saúde, oferecerá atendimento médico, odontológico e psicológico, além de realizar eventuais clínicas de vacinação. Também serão desenvolvidos projetos culturais e esportivos, coleta e distribuição de mantimentos e apoio à área de educação.
“Somos a maior empregadora da região e sabemos da responsabilidade de nossas relações com a sociedade e governos como um investimento para perpetuar nossa empresa”, afirma a CEO. “Não existe empresa sem pessoas. E elas precisam estar bem para serem produtivas.”
Apesar de priorizar seu público interno, ou seja, funcionários e suas famílias, toda iniciativa pode ser estendida à comunidade, de acordo com a disponibilidade. Essa abrangência é importante, pois o Instituto AVB é uma iniciativa privada em uma das regiões menos desenvolvidas do país.
Apesar de estar entre as dez maiores cidades do Maranhão em população, Açailândia ocupa a 713ª posição no Índice de Pobreza do IBGE entre os 5 mil municípios brasileiros. Já o Piauí, onde a empresa também atua com operações florestais para a produção do biocarbono, o Índice de Desenvolvimento Humano é o quarto pior do país.
As ações de responsabilidade social da Aço Verde do Brasil vêm de longa data. Há mais de duas décadas a empresa contribui com a educação básica, a promoção da saúde e o fomento do esporte e da cultura.
Com o Projeto Vida Ativa, por exemplo, a empresa remunera profissionais de educação física para organizar atividades físicas em locais públicos na proximidade de suas operações.
Já uma parceria com Sesi/Senai local formou e capacitou mais de 1,3 mil jovens ao longo de seis anos, inclusive com o curso pós-técnico em siderurgia e manutenção industrial, iniciativa da empresa. Muitos desses estudantes acabaram contratados pela AVB e por diversas indústrias da região.
Também foram realizadas ações para ampliar a diversidade na empresa, investindo em capacitação profissional das mulheres. Além de ter uma CEO, o Conselho Consultivo da AVB tem na sua maioria mulheres.
“Dispomos à população atividades complementares às desenvolvidas pelas esferas públicas que possibilitam que as classes menos favorecidas sejam capazes de produzir sua própria renda e subsistência”, aponta Silvia, da AVB.
Desde 2014, a empresa é associada ao Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo (InPACTO), comprometendo-se com a defesa dos direitos humanos e da dignidade humana, na promoção do trabalho decente e na prevenção e erradicação de toda forma de trabalho escravo ou análogo à escravidão.