Fiat: "O Brasil e a Argentina não são os melhores países para explicar aos acionistas" disse Antonio Filosa (YouTube/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de outubro de 2018 às 17h09.
São Paulo - O presidente da Fiat Chrysler para a América Latina, Antonio Filosa, admitiu nesta segunda-feira, 15, que não é fácil explicar o Brasil para os acionistas da empresa, mas disse que eles não vão desistir do País, apesar das incertezas que envolvem o ambiente político e econômico.
"O Brasil e a Argentina não são os melhores países para explicar aos acionistas. Mas nosso acionista tem confiança no Brasil. Na maior crise do País, investimos pesadamente em uma fábrica nova em Goiana, Pernambuco, inaugurada em 2015, e hoje estamos produzindo lá em três turnos", disse o executivo durante evento do setor automotivo em São Paulo.
"Não acho que a visão do nosso acionista agora seja de desistir. É claro que o questionamento é maior quando vamos aprovar projetos de investimentos individualmente a cada acionista. É normal. Mas é positiva e fundamentada a confiança em toda a América Latina", afirmou Filosa.
O presidente da Fiat Chrysler disse que a projeção da empresa para o mercado brasileiro de veículos leves em 2018 é de 2,44 milhões a 2,5 milhões de unidades. Para 2019, ele afirmou "que não há razões específicas para pensar em mercado inferior a 2,6 milhões de unidades".
Segundo ele, a expansão se dará apoiada no crescimento econômico, que deve ser maior em 2019 (entre 2,4% e 2,6%) do que em 2018 (entre 1,2% e 1,35%).