Logo da Allianz: vários dos 10 maiores acionistas disseram no mês passado que desejavam que a Allianz aumentasse a supervisão sobre a Pimco (Miguel Villagran/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2014 às 13h54.
Frankfurt - Os acionistas da Allianz vão pressionar publicamente os executivos líderes da companhia na semana que vem para que tratem do baixo desempenho de sua unidade de administração de recursos Pimco, com a esperança de que a seguradora alemã olhe mais atentamente os problemas de administração da unidade.
Vários dos 10 maiores disseram à Reuters no mês passado que desejavam que a Allianz aumentasse a supervisão sobre a Pimco, que está perdendo bilhões de dólares em saídas de recursos em seu principal fundo de títulos, após uma disputa pública entre seu fundador, Bill Gross, e seu co-vice-presidente de investimento, Mohamed El-Erian, que fez com que este saísse.
A administradora de fundos Union Investment, décima maior acionista da Allianz segundo dados da Thomson Reuters, disse à Reuters nesta sexta-feira que decidiu tornar público seu receio na assembleia geral de acionistas em Munique na quarta-feira pois a seguradora, maior da Europa, ainda não deu uma resposta.
"As ações da Allianz estão atualmente mostrando um claro desconto devido à Pimco", disse à Reuters o administrador de fundo da Union, Ingo Speich.
A Pimco contribuiu 3,2 bilhões de euros (4,44 bilhões de dólares) quase um terço do lucro operacional do grupo em 2013. Mas seu fundo Total Return, maior fundo de títulos do mundo, teve 3,1 bilhões de euros em resgates em abril e mais de 55 bilhões de euros em saída líquida de recursos desde maio do ano passado, segundo dados da Morningstar divulgados nesta semana.
A Allianz estimou que o lucro operacional em seu negócio de administração de recursos vai cair este ano para entre 2,5 bilhões e 2,9 bilhões de euros.