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Acidentes do 737 MAX são resultado de falhas da Boeing e da FAA, diz EUA

Segundo relatório dos EUA, o resultado foi devido a uma série de suposições técnicas incorretas dos engenheiros da Boeing, e "falta de transparência"

737 Max: grupo da companhia teria ocultado das autoridades regulatórias resultados de testes internos (David Ryder/Reuters Business)

737 Max: grupo da companhia teria ocultado das autoridades regulatórias resultados de testes internos (David Ryder/Reuters Business)

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Reuters

Publicado em 16 de setembro de 2020 às 15h59.

Última atualização em 16 de setembro de 2020 às 16h08.

Dois acidentes com Boeing 737 MAX que mataram todos os 346 passageiros e tripulantes a bordo foram o "terrível resultado" das falhas da fabricante de aeronaves Boeing e da Federal Aviation Administration (FAA), concluiu um painel do Congresso dos Estados Unidos após 18 meses de investigação.

Os acidentes "não foram resultado de uma falha singular, erro técnico ou evento mal administrado", disse o Comitê de Transporte e Infraestrutura da Câmara, de maioria democrata, em seu relatório altamente crítico divulgado nesta quarta-feira.

"Eles foram o terrível resultado de uma série de suposições técnicas incorretas dos engenheiros da Boeing, uma falta de transparência por parte da administração da Boeing e uma supervisão grosseiramente insuficiente da FAA."

O 737 MAX foi suspenso em março de 2019 após a queda do voo 302 da Ethiopian Airlines, perto de Addis Abeba, que matou todos os 157 a bordo. Em outubro de 2018, um Lion Air 737 MAX caiu na Indonésia, matando todos as 189 pessoas no avião.

"A Boeing falhou em seu design e no desenvolvimento do MAX, e a FAA falhou na supervisão da Boeing e na certificação da aeronave", disse o relatório, detalhando uma série de problemas no projeto do avião e na aprovação da FAA.

A Boeing disse que "aprendeu muitas lições difíceis como empresa com os acidentes... e com os erros que cometemos".

Também afirmou que cooperou totalmente com o comitê da Câmara e que a revisão de design no 737 MAX recebeu avaliação interna e externa intensiva, envolvendo mais de 375.000 horas de engenharia, além de 1.300 voos de teste.

A FAA disse em um comunicado que trabalhará com os parlamentares "para implementar as melhorias identificadas em seu relatório".

Acrescentou que estava "focada no avanço da segurança geral da aviação, melhorando nossa organização, processos e cultura".

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