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Abilio negocia compra de até 15% da subsidiária do Carrefour

A informação foi antecipada pelo Blog Primeiro Lugar On-Line, de EXAME.com


	Abilio Diniz: o empresário está próximo de fechar acordo para comprar entre 10% e 15% da subsidiária da rede de varejo no Brasil
 (Fabiano Accorsi)

Abilio Diniz: o empresário está próximo de fechar acordo para comprar entre 10% e 15% da subsidiária da rede de varejo no Brasil (Fabiano Accorsi)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 10h00.

São Paulo - Após desembolsar quase US$ 1 bilhão para comprar 3% das ações do Carrefour na França, o empresário Abilio Diniz, ex-dono do Grupo Pão de Açúcar (GPA), está próximo de fechar acordo para comprar entre 10% e 15% da subsidiária da rede de varejo no Brasil, segundo fontes a par do assunto.

Os investimentos estão sendo feitos por meio da Península, empresa de gestão de recursos da família Diniz, com participações em vários negócios.

As negociações em andamento, segundo fontes, dariam ao empresário poderes para gerir os negócios do Carrefour no Brasil. Se concluída, a operação selará a volta de Abilio ao varejo.

Com isso, o empresário passará a concorrer de frente com seu principal rival, Jean-Charles Naouri, dono do Casino e atual controlador do GPA, grupo fundado por Valentim Diniz, pai de Abilio, em 1948. Procurados, a Península e o Carrefour não comentaram o assunto.

Os rumores de que Abilio Diniz estaria negociando com o Carrefour começaram há alguns meses, quando o empresário, atual presidente do conselho de administração da gigante de alimentos BRF (dona das marcas Sadia e Perdigão), começou a adquirir no mercado ações da rede francesa.

À época, Abilio tinha negado que estaria interessado em comprar fatia relevante no Carrefour, embora fontes tenham afirmado que encontros entre o CEO da rede francesa, Georges Plassat, eram frequentes nos últimos meses.

Diniz já é considerado um dos principais acionistas minoritários da rede varejista francesa, segundo fontes de mercado. Entre os principais acionistas do Carrefour estão a família Moulin, que, em abril passado, adquiriu 6,1% no Carrefour S/A, por meio da Motier Holding, o terceiro maior acionista da varejista, atrás do grupo de private equity Colony Capital LLC e da holding do empresário francês Bernard Arnault.

Fontes de mercado afirmaram que as operações do Carrefour na Argentina também poderiam ser incluídas nesse pacote, por fazerem parte do braço do Carrefour na América Latina, e que a rede espanhola Dia estaria no alvo da Península, mas pessoas a par das negociações descartaram essas hipóteses.

Capitalizados

Desde que saíram do GPA, a família Diniz começou a fazer investimentos em vários negócios, por meio da Península. Em outubro, os Diniz venderam um lote de aproximadamente 4,1 milhões de ações, totalizando quase R$ 445 milhões, ficando apenas com ações residuais da empresa.

Ao todo, desde que começaram a vender sua participação no GPA, em 2013, os Diniz levantaram cerca de R$ 5,5 bilhões, segundo fontes.

O último investimento relevante da Península foi anunciado no dia 23 de setembro, quando a empresa comprou ações da companhia de ensino Anima Educação, dona da faculdade São Judas Tadeu em São Paulo.

A aquisição foi de 5 milhões de ações ordinárias, equivalentes a 6,03% do capital da empresa de educação.

Nessa transação, a Península adquiriu fatia que pertencia ao fundo BR Educacional, que passou a deter 4,14% da Anima.

As partes não informaram o valor da transação, mas, segundo fontes com conhecimento do assunto, os papéis foram vendidos num valor próximo à sua cotação na Bolsa, estimando a transação, à época, em R$ 138 milhões.

Meses antes, a gestora de recursos da família Diniz tinha adquirido ações na companhia de alimentos BRF.

Na empresa de alimentos, o empresário investiu perto de R$ 1 bilhão para obter 2,76% de participação até o início deste ano, segundo divulgou a companhia à época. Abilio ainda investiu, em conjunto com a Tarpon, na Dufry, rede que opera lojas em aeroportos.

No ano passado, os dois dividiam pouco mais de 5% da companhia, em um valor estimado em R$ 498 milhões. A Península tem como foco investimentos em diversos negócios e o setor de educação está entre seus principais alvos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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