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Abilio Diniz afirma que sofreu muito quando Pão de Açúcar era empresa familiar

Segundo Abilio, só empresas familiares que não se veem como tal são bem-sucedidas

Abilio Diniz: empresa familiar que dá certo não se vê como familiar (Germano Lüders/EXAME)

Abilio Diniz: empresa familiar que dá certo não se vê como familiar (Germano Lüders/EXAME)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 8 de novembro de 2011 às 16h39.

São Paulo – Não é nenhuma novidade que três momentos influenciaram a vida e a personalidade do empresário Abilio Diniz: a briga que ele teve com a família para ficar no comando do grupo Pão de Açúcar, o sequestro no final da década de 80, e a quase falência do grupo na mesma época.

Segundo o empresário, o entrevero familiar foi, de longe, o fato mais marcante e decisivo na sua trajetória. “Sofri muito com a empresa familiar. Há sempre uma tendência de misturar os assuntos corporativos com os familiares, o que atrapalha o andamento da companhia”, afirmou.

Ainda de acordo com o empresário, os casos de empresas familiares bem-sucedidas têm uma característica: elas simplesmente não se encaram como familiares. O mais importante para elas é atuar como uma companhia de capital aberto. “Uma decisão minha e dos meus filhos foi sair da linha de frente da companhia. Desde 2003, não há nenhum Diniz como executivo do nosso grupo”, disse Abilio.

O empresário viveu um grande imbróglio com os irmãos, quando seu pai, Valentim Diniz, na década de 80, dividiu o grupo Pão de Açúcar entre os filhos e deixou a maior parte das ações a Abilio. Até hoje, o empresário mantém uma relação delicada com os irmãos.

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