Cerveja Stella Artois: AB InBev, que vendeu mais do que uma em cada cinco cervejas comercializadas no mundo no ano passado, divulgou nesta quarta-feira um aumento de 13 por cento no Ebtida (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 08h58.
Bruxelas - A Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo, prevê um retorno ao crescimento nas vendas de cerveja no Brasil e no México neste ano devido a Copa do Mundo e a economias mais fortes, porém fez um alerta sobre custos mais altos de insumos e de marketing.
A fabricante da Budweiser e Stella Artois disse que a Copa do Mundo de 2014 deve impulsionar em 1 ou 2 pontos percentuais as vendas no Brasil, seu segundo maior mercado que sofreu uma redução no ano passado devido a um verão chuvoso e uma inflação alta que minou a renda pessoal disponível.
A AB InBev disse também que um crescimento econômico mais forte impulsionará o México e o seu maior mercado, os Estados Unidos, em 2014.
Os EUA, porém, sofrerão em janeiro e fevereiro pois o clima excepcionalmente frio e a neve implicam em menos pessoas frequentando bares.
"Onde o clima tem sido bom, como na costa oeste, os volumes estão bons", disse o vice-presidente financeiro Felipe Dutra em uma teleconferência.
Porém, houve sinais de cautela.
A companhia disse que seu custo de vendas por volume aumentará em um percentual de único dígito baixo pois efeitos cambiais desfavoráveis, principalmente a fraqueza do real ante o dólar, compensaram preços globais menores de commodities.
A AB Inbev, que vendeu mais do que uma em cada cinco cervejas comercializadas no mundo no ano passado, anunciou que os volumes caíram 1,7 por cento no trimestre final de 2013, mas a receita cresceu 4,6 por cento para 11,71 bilhões de dólares, um pouco baixo dos 11,77 bilhões de dólares esperados em uma pesquisa da Reuters.
A companhia divulgou nesta quarta-feira um aumento de 13 por cento no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) no quarto trimestre, para 5,2 bilhões de dólares, acima da expectativa média de 4,94 bilhões.
Atualizado às 8h58