AB InBev: a empresa afirmou que 2017 "teve um bom começo" (foto/Reuters)
EFE
Publicado em 27 de julho de 2017 às 09h17.
Bruxelas - A multinacional de bebidas belgo-brasileira Anheuser-Busch InBev (AB Inbev), obteve lucro líquido de US$ 2,908 bilhões no primeiro semestre de 2017, uma cifra dez vezes maior que os US$ 285 milhões conseguidos no mesmo período do ano anterior, apesar dos maus resultados no Brasil.
O crescimento em países como África do Sul, Argentina, México e China contribuiu para o fortalecimento dos lucros da cervejaria dona de rótulos como Brahma, Budweiser, Corona, Estrella e Stella Artois.
Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira, a empresa afirmou que 2017 "teve um bom começo" e manifestou sua intenção de "continuar se esforçando" para obter resultados positivos no conjunto do exercício fiscal.
"A segunda metade do ano parece promissora e nossa atenção segue focada no crescimento de cervejas de renome mundial, bem como em gerar crescimento de primeira linha de modo sustentável, com o objetivo de nos posicionarmos para o sucesso em longo prazo", indicou a companhia.
Durante o primeiro semestre de 2017, a AB Inbev obteve um resultado bruto de exploração (Ebitda) normalizado de US$ 10,162 bilhões, mais que nos mesmos meses de 2016, quando a cifra ficou em US$ 7,474 bilhões.
No Brasil, o Ebitda caiu 19,7% entre janeiro e junho deste ano, afetado pela recuperação "em ritmo lento" da economia nacional que, segundo a empresa de bebidas, ainda representa um "desafio" para a indústria cervejeira no curto prazo.
A companhia também assinalou que a queda no volume de cerveja no Brasil foi menor em comparação com as concorrentes e apontou como causas "a turbulência no ambiente político e macroeconômico", o elevado desemprego e a redução da confiança dos consumidores.
AB Inbev também divulgou hoje os resultados do segundo trimestre de 2017, no qual obteve lucro líquido de US$ 1,502 bilhão, um número praticamente dez vezes maior que os US$ 152 milhões conseguidos durante o mesmo período de um ano atrás.
Os investimentos cresceram 5% no trimestre, enquanto que os volumes totais aumentaram em 1% e os de cerveja cresceram 2,1%, graças, em particular, aos bons resultados em África do Sul, México e Austrália, frente às quedas em Estados Unidos, Brasil e Colômbia.
"Se não considerarmos o Brasil, os nossos investimentos no trimestre cresceram 6,2% com incrementos de 2,6% nos volumes de cerveja e de 16,5% no Ebitda", afirmou o grupo.
No México, o negócio "manteve bom desempenho", segundo a empresa, que destacou o crescimento em volume da marca Victoria.
Já em relação à Colômbia, os baixos volumes de cerveja foram justificados pelos efeitos do fenômeno El Niño, pela queda na confiança dos consumidores e pelos menores investimentos disponíveis devido ao aumento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) no início do ano.
Tanto o Peru como o Equador proporcionaram lucros aos investimentos da empresa e a Argentina experimentou um crescimento de 20% no volume de cerveja.