Avião Embraer EMB-145LR, da American Airlines, na pista do Aeroporto Internacional O'Hare, em Chicago (Daniel Acker/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 18h14.
O grupo norte-americano American Airlines (AA) buscará outras empresas aéreas regionais para operar novos jatos encomendados da Embraer, após líderes de um sindicato de pilotos de sua controlada regional American Eagle terem rejeitado na quarta-feira um contrato trabalhista.
A informação foi dada pelo presidente da American Eagle, Pedro Fadregas, em comunicado aos funcionários nesta quinta-feira.
A Embraer, terceira maior fabricante mundial de aviões comerciais, anunciou em janeiro de 2013 um acordo de até 4 bilhões de dólares para fornecer jatos à rede regional da American Airlines. O contrato considerava 47 aviões modelo 175, com opções de compra de outras 47 aeronaves.
As empresas aéreas regionais dos Estados Unidos tinham restrição para operar com aviões acima de 50 assentos, e vinham tentando eliminar esses impedimentos.
O sindicato de pilotos da American Eagle rejeitou na quarta-feira um acordo que garantiria concessões em contratos e permitiria à AA renovar a frota de sua subsidiária com aviões da Embraer.
O sindicato afirmou que os pilotos já haviam aceitado um acordo de concessões durante a concordata da AMR --controladora da AA-- em 2012 e que a empresa quis negociar novas concessões apenas 10 dias após sair da concordata.
Além disso, o sindicato ressaltou que os pilotos já concordaram com outras concessões para garantir a solvência da American Eagle.
O presidente da American Eagle acrescentou no comunicado aos funcionários que ele "não tem razões para acreditar que a American Airlines irá nos oferecer novos jatos regionais maiores após as negociações sem sucesso" com os pilotos.
Ainda assim, ele disse que a American Eagle não está planejando um fechamento.