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A vida dura da Camil depois do IPO

Empresa espera que o balanço, a ser publicado nesta sexta-feira, sirva para recuperar o valor de mercado da empresa, que caiu 5% desde a abertura de capital

Camil: expectativa de investidores é que os resultados apresentados nesta sexta-feira mostrem que a empresa continua crescendo (Germano Lüders/Site Exame)

Camil: expectativa de investidores é que os resultados apresentados nesta sexta-feira mostrem que a empresa continua crescendo (Germano Lüders/Site Exame)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2017 às 07h09.

Última atualização em 13 de outubro de 2017 às 08h00.

Duas semanas após sua estreia na bolsa a fabricante de alimentos Camil publica seus resultados do segundo trimestre nesta sexta-feira.

A esperança é que o balanço sirva para recuperar o valor de mercado da empresa, que caiu 5% desde a abertura de capital.

Grande parte da queda veio com uma notícia até então fora do radar dos investidores: uma multa de 270,12 milhões de reais.

A empresa foi autuada pela Receita Federal na semana passada por suposta redução na base de cálculos de impostos gerado na compra de quatro empresas entre 2011 e 2012.

Segundo a Receita, a Camil deve 198,4 milhões em imposto de renda e 71,72 milhões referentes à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. A companhia afirmou que vai recorrer da decisão.

A expectativa de investidores é que os resultados apresentados pela Camil nesta sexta-feira mostrem que a empresa continua crescendo.

De março de 2016 a fevereiro deste ano (o ano fiscal da companhia), as vendas cresceram 17% para 4,95 bilhões. O lucro quase dobrou: de 110,8 milhões para 201,5 milhões.

Os números devem continuar fortes com o avanço do consumo e uma inflação sob controle nos próximos trimestres.

A última coisa que os investidores querem é ouvir que a empresa tem problemas com a Receita Federal por conta de suas aquisições, já que elas são muitas.

Foram 13 compras nos últimos 10 anos. Parte do dinheiro de sua abertura de capital deve servir para continuar adquirindo companhias.

A Camil mira agora o setor de mercearia seca, que inclui farinhas, massas e cafés, tanto no Brasil quanto na América do Sul.

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