Esse movimento das empresas deve garantir investimentos bilionários até 2030 (Michele Tantussi/Getty Images)
Repórter colaborador
Publicado em 7 de março de 2024 às 08h53.
Última atualização em 7 de março de 2024 às 13h09.
A disputa pelo mercado brasileiro de veículos híbridos vem se mostrando cada vez mais intensa.
Segundo levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), os investimentos das montadoras no país somam R$ 117 bilhões. É o maior ciclo de aportes no país pelos fabricantes, incluindo as chinesas BYD e GWM. Nesse cálculo não estão autopeças e grandes fornecedores.
As empresas instaladas aqui já iniciaram uma corrida pela produção dos híbridos, inclusive com o uso do etanol (os híbridos flex), um combustível mais limpo, antes até de partirem para um carro 100% elétrico. Esse movimento deve garantir investimentos bilionários até 2030.
Só o programa Mobilidade Verde (Mover) do governo, que busca descarbonizar a frota, concederá R$ 19,3 bilhões em créditos tributários ao setor até 2028 em troca de carros menos poluentes, além de incentivar investimento em P&D, tecnologias focadas no meio ambiente e valorização da matriz energética de baixo carbono.
As empresas, claro, já estão se mexendo. A Stellantis dona de conhecidas marcas como Fiat, Peugeot e Jeep, vai investir 30 bilhões de reais entre 2025 e 2030 na América do Sul. Segundo a empresa, trata-se do maior investimento na história da indústria automotiva brasileira da história.
O montante será usado para lançar 40 novos produtos até o final da década. Outra parte do valor bilionário será destinada ao desenvolvimento de novas tecnologias Bio-Hybrid, que combina eletrificação com motores flex movidos a biocombustíveis, especificamente etanol.
Dias antes, a Toyota confirmou o maior investimento de sua história no Brasil. A montadora irá investir 11 bilhões de reais no país até 2030. A estratégia da empresa é ampliar a capacidade de produção de veículos e motores. Uma das grandes apostas da companhia é na introdução de modelos equipados com a tecnologia híbrida flex da marca, que mistura combustíveis fósseis e eletrificação.