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A nova frente da Amazon, uma empresa de US$ 800 bilhões

Varejista pode registrar mais crescimento em receita nacional e internacional, e apresentar números promissores em um novo nicho, o de anúncios

Imagem de arquivo: a Amazon vem se mostrando capaz de apresentar novas frentes de receita (Mike Segar/Reuters)

Imagem de arquivo: a Amazon vem se mostrando capaz de apresentar novas frentes de receita (Mike Segar/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2018 às 06h01.

Última atualização em 25 de outubro de 2018 às 06h37.

A varejista online Amazon vai divulgar, nesta quinta-feira, seu balanço do terceiro trimestre, com números que devem mostrar que o teto está longe do fim para a companhia do homem mais rico do mundo, Jeff Bezos.

Apesar da queda de 6% nesta quarta-feira, num dia de fortes perdas nas bolsas globais, o valor de mercado da varejista subiu 49% este ano, para 811 bilhões de dólares, enquanto o mercado americano ficou estável. Após o fechamento do mercado, as ações subiram 3% na expectativa pelos números a serem divulgados hoje.

Analistas esperam que a empresa apresente um crescimento na receita total de 35% ao ano, chegando a 35 bilhões de dólares. Já a receita das operações internacionais deve crescer 20%, para 16,5 bilhões de dólares. O Brasil é um dos países em que a empresa têm investido, com o lançamento, recentemente, de sua loja online de moda. A margem de lucro pode chegar a 3,2%, 2,4% maior do que no mesmo período, em 2017.

Mas o que explica tanto otimismo com o futuro da empresa? A Amazon vem se mostrando capaz de apresentar novas frentes de receita, além do varejo e de seus serviços de armazenamento em nuvem. analistas calculam que a empresa deve faturar 8 bilhões de dólares com anúncios em 2018, abocanhando 4% do mercado americano. Este novo negócio deve deixar, sozinho, um lucro de 3 bilhões de dólares este ano para a companhia e, no médio prazo, posicionar a Amazon como forte concorrente de Google e Facebook.

Em paralelo, a varejista continua investindo em serviços eletrônicos como as caixas de som inteligentes Echo e a assistente de voz Alexa, e se prepara até para inaugurar uma nova sede para 50.000 funcionários, num processo seletivo que mobilizou dezenas de cidades nos Estados Unidos e no Canadá.

Um desafio é se livrar de acusações de maus tratos aos funcionários de seus centros de distribuição. Neste mês, a companhia anunciou que aumentaria os salários de alguns dos trabalhadores para pelo menos 15 dólares a hora, o que pode iniciar um movimento virtuoso no mercado de tecnologia. Para a Amazon, não basta bater de frente com os gigantes de tecnologia em faturamento e valor de mercado — é importante também ser o bom moço da turma.

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